Vinte e duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de pirâmide financeira que causou um prejuízo de ao menos R$ 50 milhões para mais de três mil investidores de Minas Gerais e outros 22 estados. A base da quadrilha era a empresa Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda, instalada na cidade de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre os envolvidos estão executivos, funcionários e colaboradores da empresa, nove militares da Aeronáutica e dois gerentes da Caixa Econômica Federal.
Segundo a Polícia Federal, com várias provas em mãos, descobriu-se que a organização captava recursos de terceiros e prometia a eles rentabilidade acima da praticada pelo mercado. O grupo ainda emprestava dinheiro a juros e operava no ramo de seguros automotivos sem a autorização do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Ainda segundo as investigações da PF, a empresa conseguia pagar os contratos com a constante chegada de novos investidores. No entanto, após ser denunciada, em janeiro de 2012, o dinheiro parou de girar e a Filadélphia entrou em falência, causando prejuízo a mais de três mil pessoas em todo o Brasil.
A PF informou também que além do crime de pirâmide, a quadrilha também foi alvo de mais 11 inquéritos relacionados à contratação de financiamentos irregulares, pagamentos de vantagens indevidas envolvendo a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras.
Penas
A PF informou que enviar, na semana que vem, o inquérito à Justiça Federal Caso sejam condenados, os envolvidos podem pegar de 26 a 90 anos de prisão. (Com informações da Polícia Federal)