(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Organizar as finanças e economizar dinheiro ajuda a melhorar a renda

Para quem ainda não tem esse hábito, e também para aqueles que já sabem fazer o salário durar, pelo menos, o mês todo, o Estado de Minas preparou uma série de reportagens especiais


postado em 29/12/2013 06:00 / atualizado em 29/12/2013 08:45

Clique na imagem para ampliar(foto: Arte)
Clique na imagem para ampliar (foto: Arte)
Brasília – Finanças têm a ver com desejos e necessidades humanas. O dinheiro é um instrumento para tornar o cotidiano possível e, ao mesmo tempo, mais fácil. Para isso, o sistema financeiro oferece ferramentas que podem ajudá-lo a esticar a renda, tornar o presente melhor e permitir uma vida agradável no futuro. O fundamental é aprender a poupar. Para quem ainda não tem esse hábito, e também para aqueles que já sabem fazer o salário durar, pelo menos, o mês todo, o Estado de Minas preparou uma série de reportagens especiais. Elas não fornecem apenas dicas, mas sugerem ao leitor uma mudança de rotina.

Medidas radicais, no entanto, quase nunca são as mais eficazes, principalmente a longo prazo. Especialistas explicam que para emagrecer, por exemplo, dietas que cortam quase totalmente os alimentos podem ter efeitos aparentemente excelentes, a curto prazo, mas dificilmente possibilitam resultados duradouros. Com o tempo, as pessoas voltam à velha forma e, não raro, acabam em pior estado do que no início do tratamento. O mesmo vale para as finanças. A repressão intensa do consumo, a obsessão pela poupança a qualquer custo, a abnegação de todos os prazeres não vão deixá-lo rico ou, se levarem a isso, o custo pode ser infelicidade e solidão.

Consumir é uma necessidade. No entanto, é preciso buscar alguma disciplina. Para esticar o dinheiro, é preciso ter uma noção dos gastos mensais. Um bom ponto de partida é fazer um orçamento, relacionando todos os recursos que entram na conta bancária e tudo o que é gasto mensalmente. É algo que pode ser feito em uma simples caderneta. Os mais modernos podem encontrar tabelas e planilhas na internet, e existem ainda aplicativos para smartphones que possibilitam esse registro. Se as despesas superarem a renda do mês, devem-se repensar alguns hábitos de consumo ou, se possível, aumentar os ganhos para sair do vermelho.

Planejamento


Como nem todos conseguem ampliar a renda com tanta facilidade, cortar os exageros e o desnecessário pode ser mais simples. Pegue papel e caneta e trace uma linha vertical no meio da folha. De um lado, escreva no topo: importante. Do outro, meus luxos. Coloque as despesas que se encaixam em cada lista, com os respectivos valores mensais. Assim, você descobrirá os gastos que realmente importam e quais os que, em um momento de necessidade, não farão falta à sua vida.

Agora vem a parte considerada mais difícil: poupar. O segredo não é cortar totalmente os luxos. Aposte no gradualismo. Vamos supor que, de segunda a sexta-feira, você gaste R$ 4 com dois cafés expressos: um após o almoço e outro no meio da tarde. Se dispensar um deles, terá economizado, em um mês, R$ 40. Depositado mensalmente na poupança, em um ano esse valor se transformará em R$ 493,42. “Que diferença esse dinheiro pode fazer no próximo Natal? Ou nas férias?”, pergunta Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper e um dos autores do livro Como esticar seu dinheiro – Fundamentos de educação financeira.

Depois de juntar os R$ 493,42, se a opção não é usar o dinheiro nas férias ou em algum outro item de consumo, o capital pode migrar para um investimento um pouco mais sofisticado, mas ainda de fácil acesso. Podem-se comprar títulos do governo por meio de um programa chamado Tesouro Direto. Se esse valor tivesse sido aplicado em janeiro em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), no fim de 2013 o ganho seria de R$ 40,41. O cafezinho de um ano teria se transformado em R$ 533,83. Quanto maior o prazo, mais visível é o resultado. “Se depositarmos R$ 100 por mês na poupança, ao fim de 30 anos teremos R$ 100 mil”, calcula Rocha.

DECISÃO Não é obrigatório ter um objetivo para começar a poupar, mas uma meta ou um sonho podem ser um combustível importante. Se parece impossível sobrar R$ 40 no fim do mês para colocar na poupança, é preciso mudar a estratégia. Faça o depósito na caderneta, ou transfira o valor desejado para outro investimento no momento em que o salário cair na conta. Se você não tem disciplina para isso, procure o gerente do banco. Ele pode programar a transferência automática dos recursos.

Mais importante do que escolher um bom investimento, ou decidir entre títulos públicos, ações ou produtos financeiros de nome complicado, é criar o hábito de poupar. “Não importa o valor guardado por mês, o essencial é começar”, diz Rocha. Nas próximas páginas, o EM traz informações sobre modalidades de investimento e explica como funcionam os produtos financeiros mais comuns e mais interessantes.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)