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Estado de Minas

Festas da virada em BH estão 9% mais caras em 2013

Levantamento mostra que a inflação das comemorações de réveillon subiu até 9,14%. Maior aumento foi para as mesas


postado em 22/12/2013 00:12 / atualizado em 22/12/2013 09:18

Flávia Figueiredo gastou 10% a mais com o convite para a comemoração do dia 31(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Flávia Figueiredo gastou 10% a mais com o convite para a comemoração do dia 31 (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)


Quem pretende passar o réveillon em Belo Horizonte e região precisa se apressar e ficar atento aos preços e atrações oferecidas. A noite pode pesar no bolso do consumidor, já que alguns convites subiram mais que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que no acumulado dos últimos 12 meses registrou alta de 5,77%, até novembro. Uma mesa para quatro pessoas em um evento de fim de ano que em 2012 era oferecida a um preço médio de R$ 832,50 saltou para R$ 908,57, uma variação de 9,14%. A menor inflação registrada foi no valor do convite individual masculino ou feminino que passou de R$ 253,75, em média, para  R$ 262,14, alta de 3,31%, abaixo da inflação. O levantamento foi feito pelo site Mercado Mineiro entre os dias 3 e 12 em 34 estabelecimentos (restaurantes, boates, hotéis e clubes).


Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), Fernando Júnior, os reajustes foram justificados pelos aumentos de preços dos insumos e serviços relacionados com as festas. “Tudo ficou mais caro, das bebidas à mão de obra”, justifica, observando que os preços não interferiram na procura pelas comemorações, que “está muito boa”. Fernando Júnior é sócio do Porcão e do NaMata. “As vendas estão excelentes. No Porcão, a festa é para 1,5 mil pessoas e as mesas esgotaram-se há cerca de um mês”, conta. Nas duas casas ainda há convites individuais, mas eles estão no fim.

A empresária Flávia Figueiredo vai trabalhar na véspera da virada e por isso optou por passar o réveillon em Belo Horizonte. Ela já garantiu o convite da festa, que custou R$ 220. No ano passado, Flávia desembolsou 10% a menos, pagando R$ 200. No preço está incluso show de duas bandas e DJ, além do bufê de bebida e comida liberados. “É um caro que sai barato. Você tem conforto e não precisa se preocupar com nada. Se não for open bar e food você pode gastar até mais que isso, dependendo do que for consumir”, afirma.

Além da inflação nos preços, a pesquisa mostra que o consumidor deve estar atento na hora de comprar o convite para o evento. A variação de preço pode chegar a 554,54% como no caso do convite masculino para festa em restaurante, boate ou hotel que custa de R$ 55 a R$ 360. Já o convite feminino para os mesmos tipos de comemorações apresenta diferença um pouco menor, de 433,33%, com preços entre R$ 45 e R$ 240. Os convites individuais feminino e masculino são encontrados entre R$ 175 e R$ 420, variação de 140%. Nas casas de rock, o convite feminino varia 95% e podem ser encontrados ao preço de R$ 100 a R$ 195 e o masculino apresentou a menor variação, 39,29%, com valores entre R$ 140 e R$ 195. A mesa para quatro pessoas custa entre R$ 640 e R$ 1,2 mil, variação de 87,5%.

Para todo estilo O diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, afirma que antes de decidir entre as opções o consumidor deve observar o que vai ser servido na ceia, o tipo e a marca das bebidas e as atrações oferecidas, que podem fazer a diferença na hora de aproveitar a festa. “Essa variação de preços, na maioria das vezes, é pela diferença das atrações. A dica é o consumidor pesquisar e buscar o evento que mais se adequa ao seu estilo e necessidade”, recomenda.

Além da pesquisa, o consumidor deve se apressar para comprar as entradas, já que algumas casas trabalham com venda de lotes, sendo o primeiro deles o mais barato, havendo aumento significativo nos seguintes. “Quanto mais cedo for adquirido os ingressos, maior a economia. Além disso, o consumidor não corre o risco de ficar sem lugar no réveillon, já que algumas estabelecimentos têm limite de lotação”, afirma Abreu.

Nas casas do Circuito do Rock, Circus e Jack Rock Bar, as entradas femininas já estão no segundo lote. Quem garantiu a entrada para uma das duas casas conseguiu economizar até 18%, já que o ingresso passou de
R$ 165 para R$ 195.  “As casas têm capacidade para atender 480 e 420 pessoas, respectivamente, mas não vamos deixar chegar à lotação máxima. Vamos vender apenas 420 para uma e 380 para outra, deixando o público mais à vontade”, explica o proprietário do grupo, Gustavo Jacob.

Veja quanto custa o réveillon em algumas casas da Grande BH



Caça aos presentes

No último sábado antes do Natal, a chuva ajudou a lotar os shoppings da capital, onde os consumidores disputavam presentes como brinquedos, sapatos, roupas e eletroeletrônicos portáteis. No BH Shopping, o movimento do último fim de semana antes das festas natalinas deverá ser entre 20% e 50% maior do que o do ano anterior. A expectativa é receber de 120 mil a 150 mil visitantes, contra 100 mil em igual período de 2012. No Estação BH, ontem, o tráfego de pessoas foi 8% maior do que a mesma data de 2012. No Minas Shopping, a estimativa era que o fluxo de ontem fosse 30% maior que o registrado no sábado passado.

De acordo com Bráulio Perdigão, gerente da Fast Shop do BH Shopping, a maior demanda é por celulares, seguidos pelos tablets. “A gente já está em 98% da meta. Mas é preciso considerar que o maior fluxo começou na sexta-feira, com o pagamento da segunda parcela do 13º salário.” Na Arezzo, a gerente Cássia Pereira Almeida afirma que o movimento já superou o do ano passado e aposta que o fechamento de dezembro será entre 10% e 15% superior ao apurado em igual período de 2012. “As vedetes deste ano são as sapatilhas, com preços de R$ 99. Uma cliente veio e levou oito para sortear entre suas presenteadas”, disse. Patrícia Schelb veio de Brasília para passar o Natal na casa de uma tia em BH e não planejava comprar nada. Mas passou na loja e levou uma sapatilha por R$ 169.

Entre os artigos infantis, um dos mais procurados era o boneco Furby, que custa
R$ 399. Ontem, a professora de inglês Bruna Leite foi ao BH Shopping e levou 40 minutos para encontrar uma vaga no estacionamento. A missão era tentar comprar um Furby para sua filha de 7 anos. Encontrou na Bmart. “Ela pediu o ano inteiro, mas como é muito caro, deixamos para dar no Natal”, explica. Chegando à loja, foi uma luta até encontrar o boneco.

No Shopping Del Rey, Jaime Marinho, gerente da Polo Wear, disse que a demanda está muito acima do esperado e que os estoques de camisas polo e camisetas de malha para o Natal já foram reduzidos em 90%. “Compramos 10 mil peças e agora só temos 1 mil”, calcula. Eder Pardini, sócio da franquia da Melissa ByU no Shopping Estação BH estima que as vendas neste mês ficarão 15% acima das realizadas em igual período do ano passado. O produto mais procurado, de acordo com ele, são sandálias de salto. “Este mês, vamos vender o dobro do que vendemos no mês passado.” 


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