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Estado de Minas

Só neste ano mais de 127 milhões de ingressos de cinema foram vendidos no país

O mercado estima que a bilheteria que anima os investimentos é movimentada por pouco mais de 20% da população brasileira, o que deixa evidente um imenso espaço a ser conquistado


postado em 01/12/2013 06:00 / atualizado em 01/12/2013 07:12

O mercado estima que a bilheteria que anima os investimentos é movimentada por pouco mais de 20% da população brasileira, o que deixa evidente um imenso espaço a ser conquistado. Até outubro foram 127 milhões de ingressos vendidos, liderados pelo Homem de Ferro 3, que levou 7,6 milhões de espectadores aos cinemas de todo o país. O público de 15 a 25 anos é responsável pela maior concentração, seguido pelas crianças e depois pelos adultos. O entretenimento atrai pessoas de todas as classes sociais. Uma das atrações na capital mineira é a sala premier do espaço Unibanco Ponteio, inaugurada há um ano.

“Fizemos um investimento de R$ 7 milhões em quatro salas. Uma delas é premier. Tem 50 lugares, poltronas reclináveis, outro sistema de tecnologia audiovisual. Os expectadores podem esperar pelo início dos filmes num lounge”, explica Luiz Sternik, gerente de marketing do Ponteio. Na avaliação dele, a telona é uma paixão no estado. “O mineiro é apaixonado por cinema. Por mais que o advento do home theater tenha entrado na casa das pessoas, elas nunca deixaram de ir às salas de exibição.” No caso do Ponteio, segundo ele, a sonorização, que vem das quatro paredes e do teto, e o conforto das poltronas são atrativos à parte. “Nós temos pesquisas de mercado que apontam a preferência do consumidor de alto poder aquisitivo por salas de exibição, teatros e shows.”

Por outro lado, Rômulo Santos, que junto com a namorada, Ingrid Júnia, vive em Rio Acima, na Grande BH, e não perde lançamento de filme em Belo Horizonte, reserva por mês R$ 120 de seu orçamento para levar a namorada ao cinema. Ele gasta a quantia com os bilhetes e a pipoca. Nessa conta não entra a passagem de ônibus de Rio Acima para Belo Horizonte, que custa R$ 4,50, ou R$ 18 por semana para o casal. “Não acho caro. Cinema é muito bom. A gente sai da rotina.”

Para o serralheiro Cristiano Costa, “o que é bom no cinema é a tela, o som, a imagem e a emoção”. Ele e a mulher, Solange Dias, gastam em média R$ 60 por sessão, incluindo os bilhetes, a pipoca e refrigerante. A conta do cinema cabe no orçamento de classe média. Como costumam ir de moto, o que acham caro é o estacionamento. “O cinema é um lazer muito bom. Frequentamos umas 20 vezes por ano”, garante Cristiano.

Com investimentos de R$ 10 milhões, a Cineart inaugura no mês que vem oito salas no Shopping Contagem. “É um cinema verde, de couro ecológico, salas 100% digitais, com tecnologia de última geração”, diz Lúcio Otoni, gerente geral da rede e também diretor do Sindicato das Empresas Exibidoras de Minas Gerais. Em 2014, a estimativa é de que 500 mil pessoas assistam aos lançamentos no Shopping Contagem. Se os centros de compras dão projeção aos cinemas, o contrário também é verdadeiro.

“Nos fins de semana os cinemas são responsáveis por 10% a 15% do público que circula nos shoppings. Segundo Lúcio Otoni, na Cineart os complexos de exibição estão concentrados nas regiões metropolitanas e em cidades entre 100 mil e 200 mil habitantes. Demonstrando também a força do público infantil e do cinema nacional na bilheteria, o segundo filme que mais levou a plateia ao cinema em 2013 foi Meu malvado favorito 2, com 6,9 milhões de ingressos vendidos, e Minha mãe é meu pai, com 4,5 milhões de ingressos vendidos. Nickolas Gabriel, de 11 anos, já foi ao cinema cinco vezes. Sua mãe, a operadora de elevador de carga na construção civil Simone Lopes, conta que está retomando o hábito de ir ao cinema. “É uma oportunidade para ver os lançamentos e também para encontrar os amigos”, completa a vigilante Renata da Conceição Gomes, tia do garoto.

Grandes sucessos

Se fechar os olhos por alguns segundos, quem foi criança na década de 1980 ainda deve se lembrar do frio na barriga que sentiu quando Steven Spielberg fez as bicicletas voarem no filme E.T – O extraterrestre. Primeira projeção a ultrapassar a marca dos US$ 700 milhões, E.T, que em Belo Horioznte foi sucesso no antigo Cine Palladium, é considerado um dos maiores sucessos de bilheteria de toda a história do cinema. No Brasil, entre os maiores sucessos está Tropa de elite 2, com 11 milhões de espectadores.


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