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Estado de Minas CRISE EM CADEIA

OSX entra com pedido de recuperação judicial

Empresa de construção naval de Eike Batista, que deve mais de R$ 5 bi, é a segunda do grupo a buscar a Justiça


postado em 09/11/2013 07:19

São Paulo – Mais uma empresa do ex-bilionário Eike Batista jogou a toalha. O Conselho de Administração da OSX, empresa de construção naval, aprovou ontem no Rio de Janeiro, em caráter de urgência, o ajuizamento de pedido de recuperação judicial. A solicitação, que era amplamente esperada, inclui a holding e as controladas OSX Construção Naval S. A. e OSX Serviços Operacionais Ltda., segundo fato relevante.

O documento não menciona a unidade de leasing da OSX, indicando que ela ficará fora da recuperação judicial. Essa empresa encomenda a construção das plataformas de produção de petróleo e depois aluga as embarcações para clientes. Sem estar sob o crivo da Justiça, a unidade poderá vender as plataformas e levantar recursos.

O Conselho da OSX demitiu Marcelo Gomes do cargo de diretor-presidente e elegeu Ivo Dworschak Filho para a posição. Ele acumulará a nova atribuição com a de diretor de Construção Naval. Uma assembleia extraordinária de acionistas foi convocada para o dia 28 para ratificar o pedido de recuperação judicial, além de destituir e eleger membros do conselho e alterar o nome da companhia. Também foi aprovada a contratação da consultoria Angra Partners para coordenar e assessorar a OSX no seu processo de reestruturação, em substituição à Alvarez & Marsal.

Com a recuperação judicial, a OSX – com dívida acima de R$ 5 bilhões de reais – torna-se a segunda empresa controlada por Eike a ingressar com tal processo. Em 30 de outubro, a petroleira OGX buscou proteção contra credores, listando dívidas de mais de R$ 11 bilhões. Depois disso, aumentaram as expectativas de um destino parecido para a OSX, empresa-irmã da OGX e criada para fornecer plataformas à petroleira.

Como em outras empresas de Eike, os problemas do estaleiro resultaram de falhas da OGX, carro-chefe do grupo, em cumprir suas metas ambiciosas de produção de petróleo. Depois de iniciar a produção no primeiro campo no início de 2012, a OGX não atingiu seus objetivos, apesar de promessas a investidores de que grandes quantidades de petróleo fluiriam em breve. Tendo dito uma vez que a OGX seria capaz de produzir 1,4 milhão de barris de óleo equivalente por dia em 2018, ou mais da metade da produção atual do Brasil, a petroleira nunca produziu mais de 1% desse montante. O fato relevante enviado pela OSX à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ontem não deixa claro se o pedido de recuperação já ocorreu ou será feito nos próximos dias.

OUTRO NOME A OGX Petróleo e Gás Participações vai passar a se chamar Óleo e Gás Brasil, se o novo nome for aprovado na assembleia extraordinária de acionistas que foi adiada de 19 para 26 de novembro. A mudança é uma tentativa de desvincular o nome da petroleira do decadente império X do empresário, que dizia usar o X para multiplicar os seus negócios. O mesmo procedimento foi adotado pela MPX, empresa de energia elétrica de Eike, que mudou seu nome para Eneva, após venda de participação para a alemã E.ON, mas que ainda compartilha o controle com Eike.
Na assembleia de acionistas da OGX, a empresa vai propor também a mudança de sua sede. E deve ser ratificado o pedido de recuperação judicial. Em documento enviado à CVM, a empresa argumenta que a recuperação foi pedida por ser a “medida mais adequada para preservação da continuidade de seu negócio e proteção de seus interesses”.


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