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Estado de Minas

Era de austeridade é mantida na Vale

Redução de 42% nas despesas administrativas e economia nos gastos com pesquisa elevaram resultados no terceiro trimestre


postado em 08/11/2013 06:00 / atualizado em 08/11/2013 06:47

Geórgea Choucair e Marta Vieira

A mineradora Vale busca mais simplicidade e eficiência para reduzir os seus custos, afirmou ontem o presidente da companhia, Murilo Ferreira, em conferências realizadas com analistas do mercado financeiro e jornalistas para detalhar os resultados do terceiro trimestre. Segundo o executivo, há um programa de desenvestimentos ainda a ser cumprido, mas que não será feito a qualquer preço. A mineradora avalia vender ativos não essenciais nos segumentos de bauxita (minério de alumínio) e de ferroligas. Ferreira destacou a redução de 42% nas despesas gerais e administrativas e a economia de 47% em gastos com pesquisa e desenvolvimento.

Estamos focados em ser uma empresa mais eficiente e competitiva, não só com os custos de produção, como também com despesas administrativas. Isso é perseguido diariamente, disse o presidente da Vale. Ele admitiu a possibilidade de que o balanço dos investimentos de 2013 contemple desembolsos abaixo do previsto inicialmente, de US$ 16,3 bilhões. O crescimento de vendas de minério de ferro para a China e o aumento dos preços da matéria-prima levaram a Vale a registrar lucro líquido de R$ 7,949 bilhões de julho a setembro.

O resultado é 139% maior em relação ao mesmo período de 2012 e 855% superior ao do segundo trimestre deste ano. Murilo Ferreira destacou que o crescimento das vendas de minério destinadas à Ásia surpreendeu, citando especialmente a China e o Japão. Ante uma expectativa de aumento de 3% da produção chinesa de aço, a expansão efetiva nas siderúrgicas do país foi de 8%.

A Vale investiu US$ 7,4 bilhões (R$ 16,87 bilhões) em Minas Gerais no acumulado do ano até setembro. Os aportes abrangem áreas como minério de ferro, logística, pelotização, fertilizantes e pesquisa mineral. No terceiro trimestre do ano, foram cerca de US$ 2,4 bilhões (R$ 5,47 bilhões) aplicados em território mineiro. Os recursos para as iniciativas socioambientais somaram US$ 263,8 milhões
(R$ 601,46 milhões) nos nove primeiros meses do ano, um aumento de 12% na comparação com igual período de 2012.

Nas operações em Minas Gerais, parte do chamado Sistema Sudeste da Vale, que compreende os complexos de Itabira, Mariana e Minas Centrais (reservas de Brucutu, Gongo Soco e Água Limpa), a mineradora produziu 29,7 milhões de toneladas no período, representando aumento de 11,3% se comparado ao trimestre anterior. O Sistema Sul – composto pelos complexos Minas de Itabiritos, Vargem Grande e Paraopeba – produziu 21,7 milhões de toneladas, superando em 6,1% a produção no segundo trimestre do ano.

Greve aprovada em Itabira

Em campanha salarial, os trabalhadores da Vale de Itabira, berço das atividades da mineradora, na Região Central de Minas Gerais, aprovaram greve da categoria, ao rejeitarem ontem, em assembleias, a contraproposta da empresa. O Sindicato Metabase de Itabira informou já ter comunicado a companhia da decisão e que em nova assembleia marcada para hoje o esquema da paralisação será definido. A Vale ofereceu reajustes de 6% neste ano e de 5,4% em 2014 e vincula ganho real (acima da inflação) de no máximo 4% a resultados de caixa. Os trabalhadores de Congonhas e Ouro Preto também reprovaram a contraproposta. Já os empregados das unidades da companhia em Mariana e Barão de Cocais aceitaram a oferta da Vale.


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