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Estado de Minas

Escolas investem em educação financeira

Controle de gastos, planejamento e evitar compras por impulso são algumas atitudes que se aprendem desde pequeno


postado em 02/11/2013 20:41

O cena é comum, não importa a idade. Se enrolar com cartão de crédito, perder a noção dos gastos feitos no dia e comprar com impulsividade. Mas os problemas financeiros podem ser evitados desde cedo, ao criar maior consciência e falar sobre o valor do dinheiro para as crianças. Em muitas escolas de Brasília já é comum ver a educação financeira como parte da grade regular de disciplinas.

É o caso de uma escola na Asa Sul, onde esse tipo de conhecimento é lecionado a partir do primeiro ano fundamental. Nas aulas, os alunos trabalham a historia da educação financeira, a importância de juntar dinheiro, de economizar, além de adquirir a noção do valor e do poder desse dinheiro. "A gente trabalha também com filme, como Até que a morte nos separe e vemos a mudança por se ver rico de repente e como e por que os personagens do filme perdem esse dinheiro, é uma questão do planejamento", conta a coordenadora pedagógica Nilva Lencina Zorzo.

No anos finais, os alunos fazem um cofrinho solidário, dão doações e ajudam ao adotar a caixinha dos Correios. "Percebíamos que eles não tinham noção do valor do dinheiro, que vinha fácil na mão deles e aí tinha desperdício grande. Faltava planejamento e conhecimento do valor do dinheiro. Havia consumo desenfreado e queríamos trazer a consciência", diz.

A servidora pública Luciene Moraes de Oliveira v~e vantagens nesse tipo de ensino. "É uma boa oportunidade para a escola ensinar, orientar e incentivar as crianças como usar o dinheiro, seus benefícios e malefícios. Percebi que eles desenvolveram críticas quanto ao consumismo, passando a administrar melhor a mesada e a reconhecer o preço dos produtos. Além de perceberem as vantagens de poupar e juntar dinheiro para comprar um objeto muito desejado", afirma.

Em outro colégio da L2 Sul, a educação financeira é dada quinzenalmente. "Nela, trabalhamos, a questão do controle, nao é só matemática, financeira, é educação financeira. Vemos como como fazer orçamento, como pesquisar de preços, como elaborar lista de supermercado e como controlar os gastos", afirma o professor de educação financeira e coordenador e matemática Fausto Fernandes da Silva.

Para o professor, uma das vantagens é que os meninos passam a ver o dinheiro de forma diferente, como algo a ser conquistado e que não nasce em árvore."Esperamos que esse menino tenha condições de evitar série de problemas que a gente teve. É preventivo", comenta. Ele enfatiza ainda a importância do apoio em casa."Pais tem que dar exemplo, não adianta a escola fazer isso se em casa é tudo diferente. É importante que conversem com crianças e que os adultos tenham controle pessoal, em shopping e supermercado. Devem evitar comprar por impulso . O exemplo é fundamental", conclui.

Dicas para seguir em casa:
Por Álvaro Modernell, especialista no assunto e autor de vários livros sobre esse tema

-Ajude seus filhos a perceber as diferenças entre querer e precisar de alguma coisa.

-Ensine também a importância de saber escolher, na hora da compra, entre um brinquedo e outro

-Estimule seus filhos a comparar preços dos brinquedos para que elas desenvolvam a percepção do que é caro e o que é barato.

-Evite comprar aquilo que elas considerarem caro, mesmo que você possa fazê-lo.

-A mesada deve ser instituída com regularidade a partir dos seis ou sete anos de idade. O mais importante não é o valor, é a regularidade dos %u201Cpagamentos%u201D. Cumpra o que for combinado. Não atrase e jamais antecipe.

-A partir dos dez anos, evite dar às crianças mais dinheiro do que o valor da própria mesada regular, principalmente sem motivo ou controle. Todos devem acostumar-se, desde cedo, a viver dentro do seu padrão de renda e a fazer seu orçamento pessoal.

-É saudável que a criança mantenha sempre um cofrinho. A partir dos dois anos, dê-lhes diariamente pelo menos uma moedinha para guardar, não importa o valor. O importante é criar o hábito. Quando o cofrinho estiver cheio, abra-o e conte as moedinhas junto com a criança. Separe uma parte e diga que será utilizado para comprar algo que ela queira muito (mesmo que o valor não seja suficiente) e faça ela sentir o prazer de poder comprar aquilo que ela deseja, com o dinheiro que juntar. A outra parte do dinheiro coloque no banco e diga que vai deixar guardado, acumulando para quando ela crescer.


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