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Estado de Minas SEMANA INTERNACIONAL

Café e vendido a preço recorde

Produtores mineiros negociam saca do grão especial por até R$ 1 mil. No mercado, custo médio da commodity é R$ 280


postado em 13/09/2013 07:25 / atualizado em 13/09/2013 07:30

Visitantes degustam café durante evento no Expominas: grãos de alta qualidade foram vedetes e atraíram a atenção de investidores (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Visitantes degustam café durante evento no Expominas: grãos de alta qualidade foram vedetes e atraíram a atenção de investidores (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Em meio à tormenta da volatilidade do câmbio, crise de preços e incerteza econômica que ronda os cafeicultores de todo o mundo, produtores de Minas Gerais estão negociando a saca de café arábica especial a preços recordes. A cotação chegou a R$ 1 mil, enquanto o valor médio pago no mercado para o grão commodity é de R$ 280. Os maiores interessados no produto brasileiro de alta qualidade são estrangeiros, que vieram especialmente da Austrália, Argentina , Holanda, Estados Unidos e Suécia para participarem da Semana Internacional do Café, que terminou ontem, no Expominas.

A Associação dos Produtores do Alto da Serra, no Sul de Minas, participou da rodada de negócios promovida pelo Sebrae com cinco amostras de café. “Fomos procurados por australianos e argentinos”, conta Alessandro Hervaz, presidente da associação, que reúne produtores de São Gonçalo do Sapucaí e Campanha. Segundo ele, as sacas foram negociadas entre R$ 500 e R$ 1 mil. “É um café de excelente qualidade, com certificado fair trade (comércio justo) e rastreabilidade total”, apontou.

Bruno de Oliveira, produtor e exportador do grão especial, proprietário da Academia do Café, acompanhou de perto a rodada de negócios. “As 10 melhores amostras de café foram negociados a
R$ 1 mil a saca, ou chegaram perto desse valor.” Segundo o especialista, amostras do Espírito Santo também receberam excelente cotação. “A saída é produzir mais cafés especiais, que não têm preços atrelados ao mercado commodity e seguram a rentabilidade do produtor em épocas de preços baixos.”

EMERGENTES No encerramento do evento, que comemorou os 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC), o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, informou que parte da verba do Fundo Estadual do Café, cerca de R$ 100 milhões, será usada para divulgar o café brasileiro em eventos internacionais e durante a Copa do Mundo. O diretor-executivo da OIC, Robério Silva, e o chefe de operações da entidade, Maurício Galindo, informaram que a demanda por café dos países emergentes já responde por 50% do consumo mundial.

De acordo com Silva, um dos compromissos firmados na reunião em BH foi o de fortalecimento das estatísticas em um esforço para reunir informações mundiais em um único banco de dados, o que pode reduzir a força das especulaçõe acerca de safras e estoques, freando a derrubada de preços.


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