A TAM e a Gol já admitem que vão aumentar os preços das passagens por conta da alta do dólar, mas vão esperar a moeda se estabilizar. Em entrevista à agência O Globo, Eduardo Bernardes, diretor-comercial da Gol, confirmou o reajuste, que vai se somar ao corte de pessoal e redução da oferta de voos, principalmente para o Nordeste. A meta da empresa é reduzir em até 9% o volume de voos até o fim do ano.
Já Klaus Kuhnast, diretor de vendas da TAM, fez um “erolation” e disse que talvez dê para segurar. Mas afirmou que o atual patamar do dólar “é algo preocupante”. Ou seja… A TAM também reduziu a oferta de voos neste ano e cortou mais de 800 postos de trabalho.
Não que os preços já não tenham subido. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, só em julho as passagens subiram 8,53%. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento foi de 16,11%.
No último dia 20 de agosto, o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, apresentou ao governo federal várias medidas que deveriam ser adotadas de forma “urgente”.
Essas medidas poderiam reduzir custo das operações no país e, desta forma, evitar o aumento das passagens aéreas nos próximos meses. Sanovicz representava TAM, Gol, Azul e Avianca – as quatro maiores empresas aéras do país.
Entre os pedidos feitos ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, estavam a adoção de uma nova fórmula para estabelecer o preço no Brasil do QAV, o querosene usado nos aviões. A ideia é baixar a despesa que as companhias têm com o combustível dos atuais 41% para 33%, que é o nível internacional.
Outro pedido feito foi para o governo isentar, por um período de até 240 dias, as companhias do pagamento de duas tarifas, de navegação aérea e de aproximação. Isso redurizia em 6% o custo da operação das empresas.