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Estado de Minas

Seu bolso: investir custa caro

Taxa de administração e imposto comprometem rentabilidade das aplicações e algumas opções podem acabar em prejuízo


postado em 18/08/2013 06:00 / atualizado em 18/08/2013 07:40

Quando o investidor decide aplicar o dinheiro no mercado financeiro, em geral avalia a rentabilidade que poderá ter e se esquece de analisar as despesas do investimento. Com exceção da caderneta de poupança, todas as outras modalidades de aplicação têm custos. Existem taxas para contratar os produtos, gastos para mantê-los e impostos que precisam ser pagos na hora do resgate. São detalhes importantes que fazem toda a diferença entre ganhar ou perder dinheiro.

Para o consultor de finanças pessoais do Itaú, Jurandir Sell Macedo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), “existe um produto certo para cada pessoa”. “O investidor precisa saber para o que quer o dinheiro e por qual prazo poderá deixá-lo aplicado. Do contrário, pode ter prejuízo”, explica.

As taxas de administração, por exemplo, variam muito de uma instituição para outra, entre 0,5% e 4%. Quase sempre, quanto maior o valor aplicado menor será a taxa cobrada. “Investir é como comprar uma mercadoria, tem que pesquisar para conseguir o menor preço, mas também não se pode prescindir da qualidade”, diz Macedo.

Taxas e custos são negociáveis nas instituições e há sempre a possibilidade de procurar condições melhores, mas os impostos são obrigatórios. O que não significa que não variem de um produto para outro. Como o governo quer incentivar a permanência do dinheiro aplicado, quanto maior o tempo do investimento, menor o Imposto de Renda cobrado na hora do resgate dos fundos de investimento de renda fixa (veja quadro). No caso de renda variável, como fundos de ações, a alíquota do IR é fixa, de 15%, afirma o professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli.

PLANEJAMENTO
Pensar apenas nos benefícios fiscais, no entanto, pode ser um erro, alerta Ana Leoni, superintendente de educação de investidores da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Segundo ela, o planejamento é mais importante, porque ajuda a acertar na escolha. “Não raro, a escolha é por um produto com maior liquidez, mas o dinheiro acaba ficando dois, três anos naquele investimento. Nesse caso, outro fundo daria rendimento maior porque o imposto pago seria menor”, esclarece Ana. O ideal é diversificar. Segundo especialistas, uma pequena parte das economias deve ser colocada em um fundo com liquidez, para os imprevistos, e um valor mais alto em produtos de longo prazo. Assim, é possível driblar as taxas e as alíquotas maiores dos investimentos de curto prazo.

Nas aplicações em fundos de renda fixa, quem fica mais tempo no investimento é recompensado com impostos menores do que os pagos por quem saca antes. “Por isso é importante que você se planeje para não usar o dinheiro por pelo menos dois anos”, avisa o professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana. “Às vezes, por um único dia, o imposto aumenta de 15% para 17,5% ou de 20% para 22,5%”, completa Dana.

No investimento em Certificado de Depósito Bancário (CDB) vale a mesma regra. Mas o CDB também tem incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações com prazo inferior a 30 dias. Portanto, quem vai precisar do dinheiro em menos de um mês deve optar por outro produto. Esses cálculos são necessários porque, muitas vezes, o investidor aplica num fundo de renda fixa ou em CDB e acaba tendo rendimento equivalente ou menor ao que teria na poupança, que não tem imposto ou taxa e cujo resgate pode ser feito a qualquer hora, sem nenhum prejuízo.


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