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Estado de Minas

Banco do Brasil tem lucro recorde

Resultado do 1º semestre chega a R$ 10 bi. Valor supera os R$ 7,2 bi registrados pelo Itaú Unibanco em igual período


postado em 14/08/2013 00:12 / atualizado em 14/08/2013 07:10

Brasília – Se a economia ainda não deu sinais claros de recuperação, o mesmo não se pode dizer dos bancos públicos, que, mesmo tendo reduzido os juros às mínimas históricas, têm reportado lucros cada vez maiores em 2013. O Banco do Brasil, ontem, anunciou seu melhor desempenho para um primeiro semestre, com o lucro de R$ 10 bilhões. Foi o maior resultado registrado entre os bancos brasileiros de capital aberto em igual período. Até então, o recorde semestral era do Itaú Unibanco, com R$ 7,2 bilhões, segundo a Economática.

A Caixa Econômica Federal, que divulga seu balanço amanhã, também deve apresentar crescimento expressivo. Conforme o Estado de Minas apurou junto a fontes do mercado, a instituição deve divulgar lucro de R$ 1,5 bilhão apenas no segundo trimestre do ano. No semestre, o resultado deve ficar ao redor R$ 2,8 bilhões, também um recorde para a instituição.

Com essa expansão agressiva, os bancos públicos elevaram a participação no mercado de crédito. Em dezembro de 2011, dos R$ 2.034 trilhões que circulavam no mercado bancário brasileiro, o equivalente a R$ 887 bilhões, ou 43,6% das operações totais, tinham como origem empresas financeiras controladas pelo Estado. Um ano e meio depois, em junho, a fatia dos bancos estatais no crédito total passou para R$ 1,272 trilhão, o equivalente a 50,2% das operações bancárias realizadas no país.

A concorrência, agora, tenta se recuperar da perda de espaço e promete uma briga acirrada pelos clientes na segunda metade do ano. “A estratégia do banco tem sido acertada. Temos notado alguma movimentação da concorrência e a disputa, agora, vai se dar no consignado e no crédito imobiliário, que são modalidades de menor risco”, observou Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do BB.

Os bancos privados, no entanto, já admitem que será complicado recuperar o espaço perdido. “O horizonte no qual bancos privados vão retomar pelo menos parte da fatia de mercado perdida, nos últimos anos, para instituições financeiras estatais no Brasil ainda não é visível”, disse o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, durante reunião com analistas e investidores.

A Caixa, que atualmente é a quarta maior instituição do país, ficando atrás justamente do banco comandado por Trabuco, já vislumbra um cenário onde aparece na terceira posição em valor de ativos totais até o fim do ano. Para isso, terá que acumular um patrimônio superior aos R$ 896,6 bilhões reportados pelo Bradesco até junho. Até o primeiro trimestre, a Caixa detinha R$ 731 bilhões em ativos, mas viu esse número crescer significativamente em função da maior oferta de crédito, amparada por uma política agressiva de juros baixos.

É justamente por reduzir os juros que os bancos públicos estão ganhando fatias extras para suas carteiras de crédito. No BB, essas operações aumentaram 25,7% em 12 meses e, mesmo com essa expansão, a inadimplência ficou no menor nível dos últimos 11 anos, em 1,87%. Com o resultado do semestre, o BB alcançou a casa de R$ 1,21 trilhão em ativos totais, consolidando-se como a maior instituição financeira da América Latina.


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