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Estado de Minas

CBMM investe R$ 1 bilhão para fábrica em Araxá

Líder mundial em fornecimento de produtos à base de nióbio, CBMM investe na expansão do complexo no Alto Paranaíba


postado em 13/08/2013 06:00 / atualizado em 13/08/2013 07:32

Empresa aposta na demanda de segmentos como o de energia eólica(foto: CBMM/DIVULGAÇÃO)
Empresa aposta na demanda de segmentos como o de energia eólica (foto: CBMM/DIVULGAÇÃO)

Empenhada em manter a liderança no ranking mundial de fornecedores de produtos à base de nióbio, metal de aplicações nobres em aços especiais, equipamentos óticos, aparelhos de medicina diagnóstica e superligas de níquel, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), controlada pelo grupo Moreira Salles, iniciou as obras do projeto de expansão da fábrica de Araxá, no Alto Paranaíba, orçado em R$ 1 bilhão até 2015. As expectativas para 2013 muito parecidas, em volume de vendas, ao resultado do ano passado talvez não indicassem o momento ideal para o investimento. A empresa, no entanto, vê demanda promissora em segmentos como o de torres de energia eólica e escolheu estar preparada para atender ao mercado, afirma o diretor-geral da CBMM, Tadeu Carneiro, enquanto confere o andamento da construção definida na primeira etapa do cronograma.

Ao custo de R$ 120 milhões, um novo complexo, que recebe o concentrado da mina de pirocloro e aumentará a capacidade de obtenção do nióbio, já trabalha com equipamentos testados no fim do mês passado e deverá entrar em operação em setembro. A empresa iniciou a terraplenagem para ampliar plantas de concentração e de processos de retirada de impurezas como fósforo e chumbo. A capacidade de produção da unidade industrial mineira sairá dos atuais 90 mil toneladas por ano equivalentes da liga de ferronióbio, principal produto comercializado pela CBMM, para 150 mil toneladas anuais.

“Ninguém consegue prever agora como a demanda vai se comportar, mas a nossa preocupação é não deixar de atender ao mercado”, afirma Tadeu Carneiro. Menosprezar os concorrentes, a despeito da folgada posição como detentora de 80% da produção mundial, é um risco que a companhia não pretende correr. Além da CBMM, a oferta brasileira é disputada pela Mineração Catalão, da multinacional Anglo American, com operações em Catalão e Ouvidor, em Goiás. O Canadá e a Rússia mantêm mais duas minas em atividade. Há notícias no setor sobre novos projetos da canadense Iamgold, da francesa Eramet, e sobre a possibilidade reativação de reservas como a de Nebrasca nos EUA.

Diferentemente da crença de que o nióbio é raro no mundo, há ocorrências no Canadá, Austrália, Groenlândia, Estados Unidos, Nigéria e Moçambique, embora o Brasil detenha 98% das reservas conhecidas. Do mercado mundial que consome cerca de 80 mil toneladas de ferronióbio por ano, 90% são destinados à produção de aços e o restante é de super ligas de níquel para turbinas de avião, óxidos especiais para lentes óticas e o nióbio metálico usado em aparelhos médicos e de ressonância magnética. A CBMM vendeu 65 mil toneladas de ferronióbio no ano passado.

O material interfere na estrutura do aço tornando-o mais fino e resistente. O ferronióbio ajuda, portanto, na produção de carros mais leves e que assim poderão consumir menor volume de combustíveis. Cerca de 10% dos aços no mundo contêm nióbio, participação que a CBMM, com tecnologia própria desenvolvida no Brasil, espera ver dobrar. “O nosso sonho é alcançar 30% e não há porquê não atingir 20%”, diz Tadeu Carneiro.

* a repórter viajou a convite da CBMM


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