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Estado de Minas

Ferrous diz que expansão da reserva de Viga, em Congonhas, é viável

Empresa deve captar R$ 1, 3 bi para bancar projeto


postado em 17/07/2013 06:00 / atualizado em 17/07/2013 07:34

Minas de Viga, na Região Central: produção deve passar de 3,2 milhões de toneladas de minério de ferro para 15 milhões de toneladas anuais a partir de 2017(foto: STÚDIO CERRI/DIVULGAÇÃO)
Minas de Viga, na Região Central: produção deve passar de 3,2 milhões de toneladas de minério de ferro para 15 milhões de toneladas anuais a partir de 2017 (foto: STÚDIO CERRI/DIVULGAÇÃO)
A mineradora Ferrous Resources do Brasil encerrou a etapa de estudos do projeto de ampliação da mina de Viga, em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, concluindo pela viabilidade econômica do empreendimento orçado em US$ 1,3 bilhão. O presidente da companhia, Jayme Nicolato, informou ao Estado de Minas que partirá agora para a fase de captação dos recursos financeiros, estruturada em duas rotas paralelas, mesclando financiamento por bancos de fomento e uma operação de aumento de capital de US$ 500 milhões, esperada, no mais tardar, para o começo de 2014.

Do total do investimento, US$ 1 bilhão deverá ser gasto no Brasil em obras de infraestrutura para exploração e na compra de equipamentos de fabricação nacional. Outros US$ 300 milhões deverão ser destinados à aquisição de equipamentos de mina de origem estrangeira. O estudo de viabilidade econômica, que conta com projeto de engenharia básica fornecido pelo braço brasileiro da multinacional Ausenco, prevê quintuplicar a produção da reserva de Viga, dos 3,2 milhões de toneladas de minério de ferro apurados no ano passado para 15 milhões de toneladas anuais a partir de 2017. O material consiste em concentrado de minério pobre que, depois de passar por uma planta de tratamento, terá elevado o seu teor de ferro a 65%, classificado como produto premium no mercado internacional.

Incluída a exploração das minas Esperança, em Brumadinho, e Santanense, em Itatiaiuçu, a empresa terá, em quatro anos, um volume de produção de 17 milhões de toneladas por ano. A expansão vai demandar a abertura de 2,5 mil vagas no quadro direto de pessoal da mineradora, que encerrou 2012 com 913 trabalhadores e prevê empregar 1,3 mil pessoas, ao todo, até dezembro. Nicolato aposta na capacidade do projeto de atrair investidores, devido aos baixos custos de produção e do investimento por tonelada, a despeito do momento desfavorável para a indústria da mineração. O crescimento menor da economia chinesa preocupa analistas do segmento, assim como a recuperação lenta da Europa.

“Quando o cenário é adverso, os projetos mais competitivos é que vão sobreviver. Outra vantagem é que temos todas as licenças ambientais necessárias à implantação do projeto e a certificação da reserva de Viga”, afirma o presidente da Ferrous. A vida útil da reserva de 450 milhões de toneladas de minério está estimada em 15 anos. Segundo Nicolato, o estudo de viabilidade da expansão indicou custo de produção de US$ 18 por tonelada colocada no vagão e uma necessidade de investimentos de US$ 79 por tonelada produzida, perante a média mundial de US$ 150 por tonelada. “Os valores nos levam aos níveis mais competitivos no mundo em termos de custos. Entendemos que para os projetos muito bons sempre haverá interesse dos investidores”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente da Ferrous, o projeto foi desenvolvido considerando áreas das quais a companhia detém a posse ou direitos de propriedade. Do ponto de vista do licenciamento, a empresa informa que tem todas as licenças e permissões necessárias à implantação. No ano passado, foram investidos R$ 2,4 milhões em preservação e recuperação ambiental nas minas de Viga, Esperança e Santanense.

Impacto socioeconômico


O projeto de expansão da mina Viga é um dos maiores do setor em Congonhas, tanto no desembolso de recursos quanto na geração prevista de empregos, confirmou o prefeito do município, José de Freitas Cordeiro, o Zelinho. Com a expansão da Ferrous, há também a expectativa de que mais mulheres consigam colocação no mercado de trabalho, uma vez que a empresa tem aberto oportunidades para o público feminino, informa o prefeito. Zelinho apresentou ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Minas Gerais a proposta de instalação de uma unidade de ensino técnico local, voltado para a formação de jovens. O estudo de viabilidade econômica do projeto da Ferrous calculou geração superior a R$ 170 milhões por ano em tributos.

A mineradora, controlada por fundos de investimentos estrangeiros, tem como meta iniciar as obras de ampliação da reserva em abril de 2014. Serão três anos de construção, com pico em 2015, quando deverão estar trabalhando cerca de 3,5 mil pessoas em contratos temporários. A conclusão está prevista para meados de julho, para realização dos últimos testes. A maior parte da produção deverá ter a China como destino. Na avaliação do presidente da Ferrous, a demanda por minério de ferro continuará ativa em países como a Índia e na região do Oriente Médio. “Continuamos com uma visão positiva de preços durante essa década e a próxima”, afirma e Nicolato.


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