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Estado de Minas LUCRO NA TRADIÇÃO DO LIQUIDIFICADOR

Quiosques de vitaminas e açaí se multiplicam em Belo Horizonte e no interior

Empresários transformam seus negócios para aproveitar a onda de crescimento


postado em 01/06/2013 06:00 / atualizado em 01/06/2013 07:48

Francisco Ferreira turbina a barraca de frutas no Centro com as vitaminas (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Francisco Ferreira turbina a barraca de frutas no Centro com as vitaminas (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Geladinho, natural e barato. Quiosques e bancas de sucos e vitaminas, que viraram febre no verão e se espalharam pela capital mineira e cidades do interior no último ano, usam essa propaganda na guerra que têm travado em busca de clientes. Depois de fazerem sucesso entre as décadas de 1980 e 1990, os sucos e vitaminas feitos à base de frutas desapareceram do cardápio. Mas agora voltam à cena como opção acessível ao bolso com novos sabores, que misturam frutas com água, laranja, leite ou açaí.

Em pontos estratégicos, de grande circulação e quase sempre coloridos por imagens de frutas tropicais, as bebidas atraem um público constante para as lojas, que começam a migrar para regiões nobres. Prova de que a receita caiu nas graças dos consumidores e se tornou um bom negócio é que de julho do ano passado para cá apenas os sócios do Praçaí, quiosque aberto em 1975, no limite entre Belo Horizonte e Contagem, abriram mais de 30 lojas em Minas Gerais e já empregam mais de 50 pessoas.

Além da capital, as lojas se espalharam por Ipatinga, Sete Lagoas, Itabirito, Betim e em outras cidades próximas. Uma das estratégias dos empresários foi também migrar para regiões nobres de BH, como a Savassi, que já conta com a sua primeira loja especializada em sucos e vitaminas com preços populares, variando de R$ 2 a R$ 3, para copos de 300ml, 400ml e 500ml.

Para Renato Alexandre de Souza, que com os irmãos Cláudio Roberto de Souza e Rodrigo Júnior e outros familiares decidiu manter o negócio fundado pelo tio, o segredo do sucesso é investir em frutas frescas, que são renovadas todos os dias. "As pessoas estão mais interessadas em comer bem e as vitaminas são uma boa alternativa de alimentação saudável e com um preço baixo", garante.

 A intenção agora é dar sequência à expansão do negócio, que não oferece franquias mas já é copiado por outros empresários. "Acho que fomos muito pioneiros e abrimos as portas para que outras pessoas também investissem nesse produto", confessa Renato.

NOVO RUMO Não se sabe a origem, mas o fato é que apenas na Avenida Amazonas, no quarteirão entre as ruas Padre Belchior e São Paulo, no Centro de Belo Horizonte, cerca de quatro lojas com nomes parecidos dividem espaço com a mesma proposta. Uma delas pertence ao empresário Francisco Ferreira Lima, proprietário de uma loja de frutas do cerrado no Centro da cidade, que viu na ideia a chance de reformular o seu negócio e lucrar mais. Na loja, antes ocupada apenas pelas bancas de frutas, ele abriu espaço para um cardápio com mais de 30 sabores de vitaminas, preparadas em liquidificadores expostos em um balcão perto da rua. "A venda das frutas não estava sendo como eu tinha esperado e inserimos a vitamina. Vem dando certo", conta.

Com a inserção dos novos produtos, Francisco Lima estima um crescimento de quase 30% nas vendas, em apenas quatro meses de funcionamento do Esquina do Açaí. Com a intenção de transformar o negócio em uma rede, ele já modificou outra loja, também no Centro. Agora ela é um ponto de vendas de vitaminas. "Fizemos a mesma aposta em uma loja que já existe há seis anos na Rua Goitacazes e o retorno está sendo muito bom porque o investimento não foi alto", comenta.


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