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Estado de Minas

Inflação está menor na prévia do mês

Alta do custo de vida medido pelo IPCA-15 fica em 0,46% no país e em 0,50% em BH. Preços de alimentos caíram


postado em 23/05/2013 06:00 / atualizado em 23/05/2013 06:53

A prévia deste mês do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o IPCA-15, apresentou uma desaceleração em relação a abril. A taxa registrada foi de 0,46%, abaixo do 0,51% do mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 6,46%, inferior aos 6,51% registrados em abril. Em Belo Horizonte, o IPCA-15 também recuou de 0,71% em abril para 0,50%.

Tanto o resultado nacional quanto o da Região Metropolitana de Belo Horizonte foram influenciados pelo comportamento dos preços do grupo Alimentos e bebidas, que assumiu o papel de vilão da inflação este ano. Na média nacional, a alta de 0,47% apresentou um forte recuo em relação à taxa de abril, de 1%. Em Belo Horizonte, a queda foi ainda maior, passando de 1,41% no mês passado para 0,43%.

Os principais destaques foram a alimentação no domicílio, com uma variação de 0,29% em maio contra 1,60% em abril, e dos itens tubérculos, raízes e legumes (-0,74% contra 20,64%), hortaliças e verduras (0,41% contra 1,30%), carnes (-3,79% contra -1,22%) e bebidas (-0,55% contra 0,35%). Também surpreendeu positivamente o grupo Despesas pessoais, já que as variações nos serviços pessoais passaram de 1,91% em abril para -0,04% em maio.

De acordo com Antonio Braz, analista do IBGE em Minas, o grupo Alimentos e bebidas é o que mais pressiona a inflação quando avaliado o acumulado do ano, mas a queda dos preços de produtos como o tomate, que teve uma redução de 12,84% em maio – contra alta de 25,5% em abril –, foi fundamental para o recuo do IPCA-15 em Belo Horizonte. “Além disso, outros produtos, como a batata-inglesa, ficaram mais caros, mas em um ritmo muito menor que o registrado nos meses anteriores. Isso tem a ver com as melhores condições climáticas desse período para a produção de hortifrútis”, explica Braz.

Para o analista, os produtos que apresentaram queda este mês não dão indicativos de mudanças no comportamento dos preços até a medição completa da inflação de maio. “Os preços de alguns itens devem continuar a cair e a expectativa é de que este mês seja mesmo melhor que igual período do ano passado. Para os próximos meses, o que poderia ameaçar é o reajuste das tarifas de ônibus, que em algumas cidades do país vai ser feito agora no meio do ano, mas que já foi realizado em Belo Horizonte.”

Recuo do tomate

No Sacolão Oba, no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o quilo do tomate Andrea caiu de R$ 9,99 em abril para R$ 5,99 este mês. Também o quilo da beterraba apresentou recuo no estabelecimento, passando de R$ 6,99 para R$ 4,99. Os novos preços chamaram a atenção do britânico Chris Garner, que mora na cidade há seis meses e trabalha como professor de inglês. “É uma boa notícia, mas para mim ainda é difícil de entender. Quando vim para cá, já haviam me avisado sobre a questão da inflação. Até vi as brincadeiras feitas por causa do preço do tomate. Porém, a alta dos preços foi maior do que eu esperava.”

Os remédios lideraram os principais impactos do mês no índice nacional do IPCA-15. A alta de 2,94% em maio, depois de uma taxa de 0,93% em abril, refletiu o reajuste nos preços dos medicamentos – de 2,70% a 6,31%, conforme a classificação – vigente desde 4 de abril. Com isso, o grupo Saúde e cuidados pessoais teve a variação mais relevante em maio, de 1,30%, contra 0,63% no mês anterior. Em Belo Horizonte, o grupo que mais puxou a alta do mês foi o da Habitação, com 1,20%, sendo o item condomínio o que mais pressionou, com alta de 3,91%.


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