Passagem aérea é mais barata em BH

As passagens de avião que têm os aeroportos de Belo Horizonte (Confins e Pampulha) como origem são as mais baratas do país, segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor médio é 612,16% inferior aos cobrados dos passageiros que saem de Tabatinga, no Amazonas. Os bilhetes de Confins saem por R$ 186,23, ante R$ 1.368,26 na cidade amazonense. Em relação aos voos que saem dos terminais paulistanos, segundo colocado na lista, os valores são 12,35% menores. A explicação, segundo os autores do estudo, está no tempo de voo: com a proximidade da capital mineira dos principais destinos do país, os custos são menores.

As cidades da região Sudeste apresentam preços mais baratos de passagens. Entre os cinco primeiros da lista, três estão na região. A explicação, segundo o pesquisador da Coordenação de Geografia do IBGE, Marcelo Paiva da Motta, é que estão localizadas no Sudeste cidades situadas no topo da chamada hierarquia urbana – a classificação ordena os municípios de acordo com a relevância na região (metrópole, capital, centro sub-regional etc) – e são essas as cidades com maior demanda. Ou seja, cria-se uma rede entre os seus aeroportos. “Belo Horizonte está em posição central, perto de outras grandes cidades, o que acarreta um custo menor”, afirma Motta.

Prova disso é que as cidades que têm os menores preços lideram o gráfico relativo ao tempo de viagem. Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte se mantém na lista, apesar de as posições serem diferentes em relação ao outro gráfico. Os usuários do terminal da capital brasileira gastam pouco menos de duas horas para se deslocar até o destino, enquanto saindo de BH, Rio e São Paulo o tempo médio é de 2,1 horas e de Salvador 2,3 horas. Já em Tabatinga o tempo gasto até o pouso é superior a 18 horas, o que seria suficiente para o trajeto de ida e volta de BH até Miami, nos Estados Unidos.

Enquanto as cidades do Sudeste se concentram no topo das mais baratas, as localizadas em regiões afastadas do centro do país apresentam os preços mais altos. Nesse ranking estão cidades das regiões Norte e Sul do país. A explicação também está no custo. A distância em relação aos principais destinos é maior, o que acarreta gastos maiores. Não à toa, das 877 ligações aéreas existentes no país, 24 concentram metade dos passageiros, sendo que somente três não têm uma cidade do Sudeste como origem ou destino e em 12 delas São Paulo está incluída.

Mas o fator distância não é o único parâmetro a ser considerado. O pesquisador aponta que as características de competição dos aeroportos, o número de destinos e as condições de conexão a partir do terminal também influenciam. “Se há uma conexão direta, o custo da passagem tende a diminuir. Essa e outras condições influem na formação do preço", analisa.

TCU notifica a Infraero

O Tribunal de Contas da União (TCU) notificou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) por atraso na execução das obras de modernização do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Auditoria do tribunal comprovou o atraso no cumprimento do cronograma físico-financeiro da expansão. O ritmo da obra levou a Infraero a revisar o cronograma, de modo a indicar como período provável para conclusão o fim de abril de 2014.