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Estado de Minas

Leilão movimenta setor de petróleo

Agência põe à venda 289 blocos em 11 bacias na primeira negociação em cinco anos. Empresas na briga chegam a 64


postado em 11/05/2013 06:00 / atualizado em 11/05/2013 07:23

Rio de Janeiro – Após cinco anos sem ofertar ao mercado novas áreas para exploração de petróleo e gás, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promove a 11ª rodada de licitação na terça e quarta-feira no Rio. Serão ofertados 289 blocos em 11 bacias sedimentares, sendo 166 blocos em mar, 94 em águas profundas, 72 em águas rasas e 123 em terra. Depois de tantos anos sem leilão de áreas, o mercado aguarda com expectativa o comportamento das empresas nos lances, especialmente da Petrobras e de entrantes, como as asiáticas. Há 64 empresas habilitadas, mas a ANP não divulgou a lista das companhias que depositaram as garantias para participar da disputa.

A maioria dos blocos se concentra em novas fronteiras exploratórias e bacias maduras. Ou seja, há poucos blocos ofertados no Sudeste, onde hoje se concentra a exploração de petróleo nacional, e nenhum na camada pré-sal, que terá um leilão exclusivo em novembro. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, diz que esta é uma forma de descentralizar investimentos pelo país e melhorar o conhecimento das bacias brasileiras. No caso das bacias maduras, onde já há produção, a oferta beneficia pequenos e médios produtores, que se diziam ameaçados de extinção no país sem novas oportunidades de investimento.

A rodada terá lances mínimos somando R$ 627 milhões para todos os blocos das bacias sedimentares de Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. Caso todos os blocos fossem arrematados, os investimentos mínimos exigidos somariam R$ 3 bilhões. Os lances mínimos (bônus de assinatura) vão de R$ 25 mil, no caso de um bloco na Bacia de Sergipe-Alagoas, a R$ 13,5 milhões, no caso de outro na Foz do Amazonas.

Nova fronteira

Entre os destaques da rodada está a margem equatorial, área que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. A região é apresentada como promessa de uma nova fronteira exploratória do país depois que foi encontrado petróleo nas proximidades, na Guiana, e em formações geológicas semelhantes, na costa da África. Também são destaque seis blocos em águas ultraprofundas na Bacia do Espírito Santo cujo potencial Magda comparou à grande área produtora americana do Golfo do México.

O leilão também provocou outros negócios no setor. Em um movimento para se capitalizar, a OGX acertou com a malaia Petronas a venda, por US$ 850 milhões, de participação de 40% nas concessões dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos. A HRT fechou acordo para compra de 60% de participação da BP no Campo de Polvo, também na Bacia de Campos, por US$ 135 milhões.

Já a Petrobras fechou a venda de participação de 20% em seis blocos exploratórios no Golfo do México, Estados Unidos. Os blocos são operados BP. A Petrobras receberá pela transação US$ 110 milhões, além da participação em um bloco exploratório. O diretor de Produção e Exploração da Petrobras, José Miranda Formigli, disse há duas semanas que diversas empresas estavam procurando a estatal para formação de consórcios para participar do leilão.

 


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