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Estado de Minas

Bancos estrangeiros estão de olho no Brasil

Dezoito instituições financeiras, de 14 países, querem investir aqui, afirma Tombini. Parte da lista é da China


postado em 07/05/2013 06:00 / atualizado em 07/05/2013 06:53

O Brasil se tornou alvo preferencial de bancos estrangeiros em busca de novos mercados. Com a situação de persistente fragilidade econômica na Europa e nos Estados Unidos, instituições financeiras se viram obrigadas a um plano de expansão fora de casa. Além disso, a solidez e baixo risco apresentados pelo país são ainda um atrativo para quem tem dinheiro em caixa. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que 18 bancos, de 14 países, tentam se estabelecer no Brasil. A declaração foi feita em discurso, durante o Seminário Internacional sobre Regimes de Resolução no Sistema Financeiro Brasileiro, na sede do BC, em Brasília. Segundo um técnico do governo ouvido pela reportagem, parte dessa lista é composta por chineses e por instituições que foram embora e que agora tentam voltar.

“O ingresso de novas instituições é um processo natural. E o grande interesse que observamos atualmente é reflexo, como mencionei, da solidez do nosso sistema financeiro, do reconhecimento da qualidade da regulação e das práticas de supervisão(...) bem como das boas perspectivas da economia brasileira”, avaliou Tombini, em discurso.

A maioria das instituições de olho no Brasil estão com volume considerável de dinheiro em caixa e sem opções nos mercados tradicionais, como Europa e Estados Unidos, economias ainda em ritmo de retomada e onde os consumidores se mostram com poder aquisitivo e disposição para compras limitados. Segundo técnicos do governo, essas instituições estão interessadas em nichos de mercado. “A maior parte é de banco de investimentos que vem para o país em busca de boas oportunidades”, informou um integrante do governo que prefere não se identificar.

Para João Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho, os bancos estrangeiros não têm interesse de competir no Brasil com as instituições públicas. Na visão dele, o investimento teria de ser demasiadamente expressivo para que esses bancos conseguissem sobreviver no mercado. “O governo tem participação importante no varejo e a concorrência é grande. Até mesmo os privados locais estão muito incomodados com o avanço do governo a partir de 2008”, observou.

Fugindo da crise

Na visão de especialistas, o interesse da China no Brasil se dá pelas boas condições da economia brasileiras, mas também pela limitação de alternativas no mercado. As opções tradicionais, que seriam Estados Unidos e Europa, ainda seguem em recuperação e levantam desconfiança sobre o ritmo de crescimento que conseguirão obter quando saírem plenamente da crise. Entre os europeus, a situação é ainda mais grave edevido ao elevado desemprego em países importantes, como Espanha e Itália.

Com tantos desocupados, o consumo esfriou de tal maneira que os governos e o Banco Central Europeu (BCE) estão em processo quase contínuo, desde 2009, de estímulo monetário. Trilhões de euros foram desaguados no mercado desde então e, ainda assim, os preços se mantêm praticamente estáveis e a economia ainda patina. Nesse cenário, os bancos chineses veem no Brasil e nos outros países emergentes a melhor opção de negócio.


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