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Estado de Minas

Projeto Futurarte, de artesãs de Betim, recebe verba de R$ 591 mil do Banco do Brasil

Objetivo é construir sede própria e ampliar vendas


postado em 21/04/2013 06:00 / atualizado em 21/04/2013 08:21

Vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do BB, Robson Rocha, na assinatura do convênio com a cooperativa Futurarte: resultados além dos números(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do BB, Robson Rocha, na assinatura do convênio com a cooperativa Futurarte: resultados além dos números (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)


Dobra aqui, enrola ali, costura acolá e em poucas horas o que seria lixo é transformado em artesanato. A Cooperativa de Artesanato Futurarte, com sede em Betim, na Grande BH, assinou convênio com o Banco do Brasil para receber repasse de R$ 591 mil, visando a construção de instalações para a entidade. Com trabalho voltado para o desenvolvimento de objetos feitos com jornais e sacos de cimento e ração, a instituição formada por mulheres de bairros carentes da cidade poderá mais que dobrar o número de participantes com a nova sede.


Edições velhas de jornais e material plástico descartado são reaproveitados pela cooperativa para a criação de ferramentas para escritório, utensílios para cozinha, caixas de presente, peças do vestuário, entre outros. A produção se transforma na principal fonte de renda das empreendedoras. “Geralmente são donas de casa não inseridas no mercado de trabalho, o que induz ao crescimento da região”, afirma a presidente da Futurarte, Maria de Oliveira Melo.


A verba, que faz parte do programa de estratégias de desenvolvimento sustentável do Banco do Brasil, permitirá ao grupo construir uma sede própria, liberando as instalações cedidas pela Missão Ramacrisna, além da aquisição de máquinas e equipamentos que devem permitir maior profissionalização das artesãs. O vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável do BB, Robson Rocha, afirma que o convênio é um dos 21 projetos apoiados pelo banco em todo o país. O repasse total soma R$ 24,5 milhões. “O resultado do banco não pode ser só números. É sim um resultado que garante bom retorno aos acionistas, mas tem um compromisso dentro do tripé da sustentabilidade – econômico, social e ambiental”, afirma.

Serão criados planos de negócios e marketing para incentivar a venda das mercadorias, hoje comercializadas na internet. O objetivo é ter novos pontos de venda, atingir maior número de compradores e com o aumento da demanda agregar mais valor aos produtos. “Hoje basicamente aceitamos encomendas de empresas e fazemos algumas vendas pelo site”, afirma a presidente da Futurarte. Segundo Maria de Oliveira, os valores dos produtos variam de R$ 20 a R$ 115. As bolsas, principal produto da cooperativa, custam até R$ 90.

Melhoria de vida

A ampliação do espaço deve permitir a inclusão de mais mulheres no projeto, passando das atuais 20 para mais de 40. A artesã Vera Lúcia do Carmo Correia vislumbra possível melhoria de vida para vizinhas do Bairro Santo Afonso e adjacências. No caso dela, o lucro obtido com a venda das peças garante o sustento mensal. Prova disso é que para participar do projeto ela precisou mudar de bairro, atendendo a uma das exigências da cooperativa, e não titubeou. “Abandonei a carreira de costureira há seis anos para entrar na Futurarte”, afirma Vera. Se a opção foi vantajosa? “Melhorou minha vida em todos os sentidos. Hoje faço o que gosto e ainda consigo distrair a cabeça”, diz ela.


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