A tecnologia 4G chegou ao mercado de Belo Horizonte. A Claro lançou o serviço ontem na capital e na próxima semana vai ser a vez da Oi. A Vivo lança a tecnologia no dia 30 e a TIM também promete ter o serviço disponível até a data, prazo final determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a implantação do 4G nas seis cidades-sede da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza).
“No início, o celular era puramente voz. A mobilidade por si só já era interessante. O 4G é a tecnologia com banda larga que a pessoa tem em casa para dentro do celular”, afirma Erik Fernandes, diretor regional da Claro em Minas Gerais. Ele cita, por exemplo, a possibilidade que a tecnologia oferece de abrir quatro vídeos ao mesmo tempo. “A videochamada passa a ser videoconferência”, diz. A rede de 4GMax da Claro vai garantir cobertura em mais de 50% da área urbana de Belo Horizonte. Até o fim do ano a cobertura vai ser de 80%. Nos municípios com mais de 200 mil habitantes, a tecnologia vai ser implantada até dezembro de 2015.
A Claro investiu R$ 510 milhões no país no 4GMax e vai oferecer inicialmente o serviço em três aparelhos. Até julho serão 15. Os planos serão ofertados com preços a partir de R$ 198 (para pacotes de 100 minutos pata telefones fixos ou de outra operadora, chamadas ilimitadas de Claro para Claro e qualquer outro lugar do Brasil). Com o 4G, a velocidade de tráfego de dados vai girar em torno de cinco vezes mais do que a do 3GMax.
Os novos serviços são a aposta das operadoras para ganhar – ou se manter – no mercado. A Vivo acaba de lançar o Multivivo, que permite que até cinco aparelhos adicionais – tablets, modems ou smartphones – sejam conectados à internet de um smartphone por meio de um único plano. “É uma forma de otimizar o uso dos aparelhos. A pessoa passa a poder estar conectada o tempo todo, independentemente do wi-fi. O grande objetivo são as multiconexões”, afirma Renato Gomes, diretor regional da Vivo em Minas. A operadora conta hoje com 90 milhões de clientes no país e 8,1 milhões em Minas.
Wallace Oliveira é sócio da Bit Zero com Iuri Ramos e Rafael Tudela. A empresa trabalha com o desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis. Oliveira tem um iPhone 5 e gasta entre R$ 90 e R$ 150 ao mês com o telefone. Ele afirma que gostaria de usar o serviço 4G, mas vai esperar para ver o que vai acontecer. “Vou olhar o custo-benefício. Se encarecer o meu gasto, a princípio não vou usar a nova tecnologia. Mas sei que vai ser boa e permitir o uso de vários serviços ao mesmo tempo”, diz Oliveira.
NO TOM
A TIM fechou parceria com a empresa norte-americana Muve Music e lançou o TIMmusic, que traz música ilimitada baseada nas plataformas Infinity e Liberty, com cobrança de valor fixo por dia ou mês, somente quando há uso do serviço. O aplicativo permite o acesso a milhões de músicas com preços de R$ 0,50 por dia no pré-pago e R$ 9,90 mensais no pós-pago. “A ideia é agregar ainda mais valor às plataformas Infinity e Liberty, além de buscar popularizar o download legal de música no celular. Pretendemos trazer para o mercado da música o mesmo conceito que revolucionou o consumo de voz, SMS e dados”, explica Roger Solé, vice-presidente de
marketing da TIM Brasil.
Com um simples toque, o TIMmusic possibilita aos usuários fazer download e ouvir músicas em seus celulares. O conteúdo fica armazenado dentro do aplicativo e pode ser acessado a qualquer momento, inclusive quando o usuário estiver offline. A identificação do cliente é feita de forma automática, sem necessidade de senhas.