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Estado de Minas

Fãs do ex-beatle Paul McCartney correm para conseguir lugar na rede hoteleira de BH

Alguns hotéis já não têm vaga disponível para a data, como é o caso do Ouro Minas, que é o mais cotado para hospedar o cantor


postado em 04/04/2013 06:00 / atualizado em 04/04/2013 07:34

Logo que ingressos para a apresentação do ex-beatle no Mineirão se esgotaram, começou a disputa por quartos no entorno da capital (foto: REUTERS/Ana Carolina Fernandes )
Logo que ingressos para a apresentação do ex-beatle no Mineirão se esgotaram, começou a disputa por quartos no entorno da capital (foto: REUTERS/Ana Carolina Fernandes )

Os fãs do ex-beatle Paul McCartney precisam agora correr para conseguir lugar na rede hoteleira de Belo Horizonte. Depois de a nova turnê de Paul no Brasil ter esgotado a venda de ingressos na capital, é hora de fazer as reservas de hospedagem. A expectativa dos empresários do ramo é que a taxa de ocupação nos hotéis gire em torno de 80% a 90% no fim de semana de 4 de maio, quando o cantor se apresenta no Mineirão. O preço dos quartos flutua de acordo com as taxas de ocupação, assim como ocorre com o valor cobrado pelas companhias aéreas. Quem comprar com maior antecedência, consegue tarifas mais baratas.

A hotelaria de Belo Horizonte agradece a vinda do astro da música internacional. Alguns hotéis já não têm vaga disponível para a data, como é o caso do Ouro Minas, que é o mais cotado para hospedar o cantor. “A lotação, no entanto, não tem ligação com a vinda de Paul. Já estávamos sem vagas antes mesmo da confirmação do show”, explica Monaline Alvarenga, gerente de Marketing do hotel, que conta com 346 apartamentos. As diárias no Ouro Minas variam de R$ 298 a R$ 9 mil (suíte presidencial).

No Othon Palace, a procura de quartos já cresceu 20% em função do show. Na data, 50% da ocupação está preenchida. Com isso, o valor da tarifa mais baixa saltou de R$ 200 para R$ 344, alta de 72%. “A taxa é flutuante, depende da ocupação”, afirma Bruno Heleno, gerente-geral do Othon Palace. A sua expectativa é de que a taxa de ocupação chegue a 80% no fim de semana da apresentação. “O show do Elton John ajudou a aumentar a taxa. O do Paul McCartney deve ser melhor ainda”, observa Heleno.

No hotel Mercure, no Bairro de Lourdes, a taxa de ocupação está em torno de 65% na data do show, sendo que em finais de semana normais, varia entre 45% e 50%. Para o evento, o hotel pretende cobrar a tarifa cultural, com preços a partir de R$ 199 a diária. “Nossos hóspedes são mais de turismo de negócios. Cada vez que a cidade desenvolve outros atrativos, há incremento em torno de 30% no movimento”, diz Alexander Borges, gerente-geral do Mercure. Segundo ele, quando o ex-beatle Ringo Starr se apresentou em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, em novembro de 2011, a taxa de ocupação no hotel chegou a 80%.

No Mercure do Minascentro, a procura pelos quartos teve incremento de 30% para a data do show. “A demanda deve crescer ainda mais agora, depois que terminaram as vendas dos bilhetes”, observa Roberta Ferreira, gerente do hotel. A taxa de ocupação no fim de semana do evento, segundo ela, está em 70%, sendo que em sábados e domingos gira em torno de 50%. “Belo Horizonte tem uma característica de cidade de negócios. Os hotéis ficam cheios durante a semana, quando nossa taxa de ocupação fica de 90% a 100%. Mas acho que com o show vai crescer, pois saiu do circuito São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Roberta.

O Royal Savassi vai trabalhar com um pacote diferenciado para o show do astro. O café da manhã vai ser estendido até mais tarde, assim como a saída no dia seguinte. O transfer do hotel ao Mineirão também será gratuito. O gerente do hotel, André Bekerman, afirma que é esperada taxa de ocupação de 90% na data, sendo que em fim de semana normal, a média é de 65%.

Até mesmo os hotéis da grande Belo Horizonte promovem pacote para a vinda de Paul. O Skalla Eco Hotéis, em Santa Luzia, está a 12 quilômetros do Mineirão e criou um pacote com transfer gratuito para o show. As diárias custam a partir de R$ 360. O diretor-executivo do hotel, Gilberto Cordeiro, afirma que é esperado aumento de pelo menos 30% na demanda de clientes em função do show.

Cultura
Belo Horizonte não pode só sobreviver de negócios, feiras, convenções e congressos, avalia Paulo César Pedrosa, presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de Minas Gerais (Fhoremg). “Show é cultura. E o Paul McCartney, além de atrair pessoas de outros estados, deve trazer turistas de outras cidades mineiras. Sempre fomos carentes de shows internacionais desse nível”, diz Pedrosa. A expectativa da Fhoremg é de que a taxa de ocupação mínima dos hotéis de quatro e cinco estrelas fique entre 70% e 80%. “Agora temos um bom espaço interno e externo para os shows, que é o Mineirão”, diz Pedrosa. De acordo com a organização do show, foram vendidos 52 mil ingressos, 19 mil na pré-venda e 33 mil na segunda-feira passada.

Memória
No embalo do lucro


Em 2010, quando Paul fez dois shows em São Paulo e um em Porto Alegre (foto), a turnê do astro movimentou cerca de R$ 87 milhões. Só o cachê do ex-beatle para as três apresentações foi estimado em R$ 30 milhões, coberto com sobras com o montante arrecadado em bilheteria, de aproximadamente R$ 52,6 milhões. O valor da apólice do seguro da turnê foi outra bolada: R$ 24 milhões. Houve ainda uma imensa cadeia, que inclui operadoras de turismo, hotéis, segurança, transporte e até vendedores ambulantes, que pegou carona nos negócios do evento e lucrou alto. Esta será a quinta vez que o cantor se apresentará no Brasil.


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