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Estado de Minas

Brasil lidera ranking de encargos trabalhistas


postado em 22/02/2013 19:31 / atualizado em 22/02/2013 20:18

O Brasil é o país com os encargos trabalhistas mais elevados em um grupo de 25 nações analisadas pela rede mundial de auditoria e contabilidade UHY. Nesse grupo, que inclui o G7 - grupo dos sete países mais industrializados - e os Brics - principais economias emergentes -, o Brasil desponta como líder mundial ao pagar, em média, 57,56% do valor bruto do salário em tributos. A média global é de 22,52%.

Esse volume de tributos significa dizer que, ao pagar um salário anual bruto de US$ 30 mil, o empresário brasileiro paga US$ 17 267 adicionais de contribuições trabalhistas, incluindo todos os custos empregatícios mandatórios como coberturas de saúde e provisões de pensões. A média mundial implica em US$ 6,757 extras, menos da metade do que é pago no Brasil.

"Isso demonstra que o Brasil tem um grande problema, já que esse volume de contribuições acaba influenciando o aparecimento de trabalhadores informais e barra o empreendedorismo, porque onera muito o empreendedor", disse o diretor de outsourcing e consultoria da UHY Moreira-Auditores, Erick Waidergorn.

Na sequência do Brasil, o ranking segue com a Itália, que paga 51,84% (US$ 15,544), França, 42,79% (US$ 12,836); Eslováquia, 35 20% (US$ 10,560) e República Checa, 34%, (US$ 10,200). A média dos Brics - Brasil, Rússia, Índia e China - é de 28,29% (US$ 8 488).

"Os governos de muitos países têm estabelecido custos trabalhistas elevados sobre os empregadores durante a última década. Em países com posições financeiras precárias e problemas de desemprego, estes custos desestimulam a geração de empregos", complementou Diego Moreira, diretor técnico da UHY Moreira-Auditores e membro do board da rede.


Na contrapartida, os países com menor contribuição são: Estados Unidos, 8,84% (US$ 2,652); Reino Unido, 8,29% (US$ 2,486); Emirados Árabes, 7,26%(US$ 2,182); Dinamarca, 5,44% (US$ 1,632) e Índia, 3,67% (US$ 1,101). Os empregadores do G7 têm que pagar em média 24,21% (US$ 7,263) adicionais sobre esse salário bruto.

"A redução de custos extras sobre os salários estimularia a criação de empresas e, consequentemente, de novas vagas. Um fator positivo nesse sentido seria o Brasil manter um teto para os custos do seguro social. É preciso rever com urgência a estruturação da seguridade social, colocada em prática décadas atrás. Alguns especialistas argumentam que o aumento dos custos para os empregadores ocorreu em função disso", acrescentou Moreira.

Em faixas salariais mais elevadas, o Brasil continua na liderança, já que mantém o mesmo porcentual de contribuições, de 57,56%. Na faixa salarial de US$ 75 mil, o Brasil é seguido pela Itália, 49,86%, (US$ 37,374); França, 43,04% (US$ 32,277); Áustria, 31,19% (US$ 23,392) e República Checa, 30,36% (US$ 22 774). A média mundial é de 19,44% (US$ 14,582); dos Brics, 22% (US$ 16,500) e do G7, 23,78% (US$ 17,830).

Nesta faixa, as menores contribuições ficam a cargo dos EUA, 8 24% (US$ 6,182); Canadá, 6,99% (US$ 5,242); Emirados Árabes, 6 35% (US$ 4,772); Índia, 3,67% (US$ 2,753) e Dinamarca, 2,78% (US$ 2,082).

Waidergorn afirma ainda que esse porcentual de 57,56% cobrado no Brasil é uma taxa média, baseada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e não inclui taxas estaduais ou acordos sindicais. "Se incluíssemos essas outras contribuições, veríamos esse valor, em alguns casos, praticamente dobrado", avaliou.


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