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Estado de Minas

Produção industrial recua


postado em 05/01/2013 06:00 / atualizado em 05/01/2013 07:04


A produção industrial brasileira registrou queda generalizada em novembro, na comparação com outubro de 2012. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro do ano passado houve recuo de 0,6% no volume produzido pela indústria nacional, frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, o que eliminou a variação positiva de 0,1% apurada em outubro. De acordo com Antônio Braz, analista do IBGE em Minas, o volume de mercadorias fabricado pela indústria nacional caiu em 16 dos 27 ramos pesquisados no período. Nos 11 primeiros meses do ano, a produção recuou 2,6%. A estimativa, segundo ele, é de que o segmento tenha encerrado 2012 com retração de 2,5% na produção.

O destaque do desempenho negativo no mês foi para a indústria extrativa (-6,7%) e veículos automotores (-2,8%). Com isso, esses setores eliminaram parte do crescimento assinalado em outubro (8,2% e 3,2%, respectivamente), aponta o IBGE. Também foram relevantes para o recuo a queda da produção na metalurgia básica (-3,3%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-10,7%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-7%), produtos de metal (-2,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%) e fumo (-8,3%). Entre os ramos que ampliaram a produção estão bebidas (3,4%), farmacêutica (2,8%), vestuário e acessórios (7,4%) e celulose, papel e produtos de papel (1,8%).

 “Os bens de capital reagiram de maneira violenta à perda de confiança empresarial como esperado e recuaram 1,1% no mês e nada menos que 10,3% na comparação anual”, observa André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. Petrônio Zica, presidente da Delp Engenharia e do Sindicato da Indústria Mecânica do Estado de Minas Gerais, explica que a retração não foi surpresa para o setor, porque as encomendas cresceram em 2011 e sofreram forte redução em 2012. “A entrada de novas encomendas está demorando. O pessoal está postergando investimentos na esperança de ver para que lado vai a economia”, diz. Segundo ele, se até meados do ano não entrarem pedidos a situação ficará ainda pior para o segmento. “Até agora nosso faturamento não caiu porque trabalhamos sob encomenda”.

Para André Perfeito, o resultado de novembro veio melhor do que o esperado (-0,9%), mas apesar do fôlego na margem inicialmente projetada, “foi muito ruim”. Com a produção industrial medíocre, o Produto Interno Bruto (PIB) poderá ficar abaixo de 1% em 2012, avalia. “Está tudo dentro do esperado. Ninguém tinha mais esperança no resultado da indústria em 2012. As medidas de incentivo acabaram beneficiando alguns setores e outros não. Agora será preciso esperar os efeitos mais gerais da redução da tarifa de energia e do efeito dólar no segmento”, acredita Antônio Braz.


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