(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Se a Apple fosse um país, seria o 20º mais rico

Com valor de mercado de US$ 655 bilhões, a Apple entra em 20º lugar no ranking de nações mais ricas do planeta


postado em 08/10/2012 07:45

Se a Apple fosse um país, seria o 20º maior. Avaliada em US$ 611,7 bilhões, a empresa fundada pelo gênio Steve Jobs ficaria logo atrás da Turquia, que tem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 773 bilhões. É maior do que as 13 maiores companhias brasileiras somadas e supera a Microsoft, o Google, a Amazon e o Facebook juntos. Um dos passatempos preferidos do mercado financeiro tornou-se adivinhar quando conseguirá atingir a posição de primeira companhia do mundo a superar US$ 1 trilhão. Se isso acontecer, será equivalente a ocupar o lugar de 16º país.

O segredo do sucesso todos conhecem: marcada pela inovação, a maçã começou conquistando os clientes com sistemas operacionais mais intuitivos e dispositivos que, apesar de não ser tão inovadores — a Microsoft, por exemplo, apresentou um tablet muito antes da Apple, mas que não foi para a frente —, conquistaram o público. A empresa soube ainda, graças, em parte, ao carisma de Steve Jobs, manter a fidelidade dessa rede de seguidores com produtos como o iPhone e o iPad. A dúvida é: até quando a companhia que tem o mais alto valor de mercado de todos os tempos conseguirá manter-se como o maior fenômeno do mundo dos negócios neste século?

“A Apple está no auge. Ela foi construída em cima de produtos surpreendentes, mas a dificuldade é manter esse ritmo de inovações”, aponta o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. Ele explica que o temor do mercado é de que o valor das ações da empresa cresce muito rapidamente, mas o mesmo aconteceu antes ao Facebook, que nos últimos meses perdeu a metade do seu valor. “Não espero que com a Apple aconteça uma queda abrupta como essa, mas estamos monitorando a empresa, porque os concorrentes estão inovando muito rapidamente nos smartphones", pondera.

Em um ano, a Apple perdeu significativamente sua participação de mercado no segmento dos celulares inteligentes. No último trimestre de 2011, a empresa vendeu 37 milhões de smartphones, 1 milhão a mais do que a Samsung. Nos três primeiros meses de 2012, foi ultrapassada pela concorrente, que comercializou 42 milhões ante 35 milhões da marca da maçã. No segundo trimestre, a diferença ficou ainda maior: as vendas de iPhones da Apple ficaram em 26 milhões e as de produtos da Samsung atingiram praticamente o dobro, 50 milhões. “Estamos prevendo que agora no terceiro trimestre a Samsung supere a Apple mais uma vez e que, no quarto, as duas fiquem equiparadas. Mas, no ano de 2012 como um todo, a concorrente ficará à frente da maçã”, estima Tude.

Se depender do iPhone 5, a Apple tem tudo para voltar à liderança no segmento. Em apenas três dias de vendas foram 5 milhões de smartphones vendidos em apenas um fim de semana em nove países, 1 milhão a mais que o iPhone 4S, o que zerou os estoques da empresa. A loja on-line vendeu 2 milhões de unidades em menos de uma hora. Como comparação, a maçã vendeu em três dias 20% do total de aparelhos Samsung Galaxy SIII comercializados em quatro meses. “Agradecemos a paciência e estamos trabalhando duro para produzir um número suficiente de iPhones 5 para todos”, disse, em nota, Tim Cook, CEO da Apple. (Com Ataide de Almeida Jr.)

Ação é valorizada


Brasília –  Apesar de a empresa estar perdendo a liderança no mercado, as ações da Apple continuaram valorizando-se de forma impressionante em 2012. Elas iniciaram o ano cotadas a US$ 409,47 e estão hoje em um patamar superior a US$ 700, uma alta de mais de 70%. Isso sem contar que, nos três anos anteriores, a valorização dos papéis da empresa foi de quase 800%.

“Acho difícil que a empresa continue no ritmo de valorização visto nos últimos anos. A geração de lucro da Apple até agora foi baseada nas inovações que ela fez, mas desde o lançamento do primeiro iPhone, em 2007, surgiu uma gama imensa de produtos concorrentes. E é muito difícil conseguir inovar todos os anos”, considera o consultor da Ativa Corretora João Pessine.

Bem mais otimista, o sócio e integrante da equipe de Private Equity da Vinci Partners Ricardo Kobayashi acredita que, mesmo após a morte de seu fundador, no ano passado, a empresa criada por Steve Jobs ainda terá longa vida. “A Apple se sustenta não por seus aparelhos, mas pelo que está dentro deles: uma comunidade que vai crescendo de forma muito forte e vai valer cada vez mais", aposta.

Para Kobayashi, desde que Steve Jobs fez a Apple, a empresa deixou de ser uma questão de hardware, para se tornar essa comunidade de apaixonados pela maçã, que tem uma expectativa incrível em torno de tudo o que é criado pela empresa. “Um aparelho da Apple é muito diferente de um Nokia, por exemplo, que pode ser trocado por um Motorola. Ninguém vai resolver trocar o seu iPhone por um Galaxy (da Samsung). A fidelização do cliente é muito maior”, compara.

Problemas
  Mas para quem comprou o iPhone 5 dois problemas ainda causam dor de cabeça: os mapas e a conexão wi-fi. No primeiro, a Apple optou por não utilizar mais o serviço do Google e adotou mapas da empresa fabricante de GPS TomTom. No entanto, há erros grotescos de localização — mesmo em grandes cidades — e ainda não conta com sistema de direção por voz. No caso do wi-fi, vários usuários têm registrado a impossibilidade e queda frequente de conexão. (MM)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)