(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Remédios vão subir menos

Resolução determina índice de 3,61% como fator para abater no cálculo do aumento de preço dos medicamentos em 2013, mas alta de gastos nas farmácias já pesa para consumidores


postado em 29/09/2012 06:00 / atualizado em 29/09/2012 07:07

Brasília – O governo já começou a desenhar o índice de reajuste dos preços dos remédios que será divulgado em março do ano que em. Ontem, em resolução publicada no Diário Oficial da União, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) estabeleceu em 3,61% o chamado fator X da indústria farmacêutica para 2013. Esse indicador é usado para repassar aos consumidores os ganhos de produtividade dos laboratórios, funcionando como uma espécie de desconto que deve ser aplicado aos preços dos fabricantes, que são corrigidos anualmente com base na variação da inflação e de custos específicos do setor.
A divulgação causou confusão entre os consumidores, muitos dos quais acreditaram que um novo aumento já estava em vigor. O último reajuste no preço dos remédios, autorizado pela Cmed em março, foi de até 5,85%. Medicamento é um item que costuma pesar bastante no bolso, principalmente de quem precisa fazer uso contínuo de produtos mais caros. Por isso, as reclamações contra os aumentos são constantes.


A atendente de telemarketing Sônia Bandeira, 44 anos, por exemplo, disse que não pode comprar os remédios usados para o controle da obesidade neste mês. “Ficou muito caro”, lamentou. Ela contou que costumava desembolsar R$ 70 por mês pelos medicamentos usados, mas que, nos últimos meses, vinha gastando R$ 140, o dobro. “Se aumentar novamente em 2013, não sei como vou fazer”, afirmou.


Para o aposentado Oswaldo dos Santos Pereira, 83 anos, o peso no orçamento é ainda maior. Pelos cálculos dele, o gasto mensal com medicamentos para o controle de hipertensão, colesterol e triglicérides, usados há 15 anos, passou de R$ 600 para R$ 750 de 2011 para cá. “Ficou muito caro, por isso estou procurando usar remédios mais caseiros, senão a conta subiria ainda mais”, explicou.

Lista

A metade do salário da aposentada Cleuza de Oliveira, 58 anos, fica nas farmácias: R$ 950 todo mês. Ela relatou que, diante de problemas que vão da hipertensão à depressão, nenhum remédio pode ficar de fora da lista receitada pelos médicos. “Ficou mais complicado cuidar da saúde. Estou com o orçamento comprometido só para poder viver. É um preço alto”, lamentou.
Os seguidos reajustes dos medicamentos também atingem os itens que garantem o controle do diabetes do aposentado Luiz Armando Gomes de Sá, 67 anos. O que antes custava R$ 368 agora custa R$ 406. “Não sei mais de onde vou tirar dinheiro para pagar tanto remédio. Se continuar aumentando desse jeito, vou parar de tomar tudo”, reclamou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)