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Estado de Minas

Mercado de vestuário e acessórios infantis cresce acima da média

Expectativa é que o setor movimente mais de R$ 24 bi este ano


postado em 20/09/2012 06:00 / atualizado em 20/09/2012 07:40

Depois que passaram a participar da decisão de compra da família, isso quando não resolvem sozinhas o que vestir ou com qual sapato sair, as crianças ganharam atenção especial dos segmentos ligados à moda infantil. Os produtos para os pequenos se tornaram elaborados, confortáveis e crescem à frente da média do setor. Pesquisa do Ibope Inteligência revelou que o consumo no segmento de calçados e roupas infantis deve atingir R$ 24,1 bilhões este ano, crescimento de 15% em relação ao ano passado. Desde que as crianças passaram a opinar sobre a compra, nas ruas o segmento cresce e aparece e nos shoppings expandem território, passaram a ser disputadas pelos gigantes que consideram importante garantir as vendas para esse público.

Dados do Sindicato da Indústria do Vestuário de Minas Gerais (Sindvest-MG) dão conta de que o segmento infantil abocanhou perto de 12% do faturamento do setor no ano passado, que foi de R$ 1,8 bilhão. Enquanto o crescimento em 2011 foi de 3%, o vestuário infantil cresceu cerca de 10%. “A criança hoje sabe o que ela quer. As fábricas estão voltadas apenas para atender o gosto das mães, mas estão preocupadas com as crianças. Elas passaram a ser alvo do mercado. A indústria está investindo em treinamento de funcionários e modelistas”, diz Michel Aburachid, presidente do Sindivest-MG. Michel Ele observa, inclusive, que em Minas têm surgido polos de confecções com interesse especial no vestuário infantil, como Muriaé.

Nos shoppings centers, locais onde o entretenimento infantil é um grande investimento, os produtos para crianças também se multiplicam. Em BH, o Diamond Mall, por exemplo, inaugurou somente neste ano três novas lojas de moda infantil. São agora 10 pontos de vendas que, de enxoval a acessórios, focam exclusivamente nos pequenos consumidores. “Isso sem contar as lojas que apesar de não serem especializadas apenas no segmento, oferecem grande variedade para crianças”, aponta Lívia Paolucci, superintendente do shopping. Ela acredita que a criança aprendeu a ter vontade própria e apesar de as famílias brasileiras estarem encolhendo, elas estão ampliando seus gastos com os filhos.

Sérgio Ribeiro, consultor da marca Lilica e Tigor, especializada em moda infantil, conta que a rede que tem 170 operações no país, sendo cinco em Belo Horizonte, investe não só nas peças, mas no espaço de vendas para cativar o seu pequeno consumidor. Segundo ele, apesar da competição do mercado, a marca está longe de sofrer impactos do esfriamento do Produto Interno Bruto (PIB) e este ano vai crescer 13,5%, também acima da média do mercado. “Cerca de 70% do nosso consumidor sai de casa para ir à loja. Desse percentual, 80% da decisão de compra passa pela criança.”

Sérgio Ribeiro garante que as crianças interferem nas aquisições
Sérgio Ribeiro garante que as crianças interferem nas aquisições
De olho no desempenho infantil, Dione Kawashina acaba de inaugurar no Shopping Del Rey a loja Bibi, de calçados infantis. Ela explica que o ambiente foi pensado para agradar o público, fisgar a criança para a permanência na loja. Os calçados podem até mesmo funcionar como sapato e brinquedo, com luzes e cores. Este ano Kawashina acredita que seu resultado pode avançar até o dobro do mercado, chegando a 20%. “A criança está mais vaidosa e os pais valorizando a qualidade.” Outro ponto que chama atenção da empresária é a concorrência. “Posso dizer isso como empresária e mãe: as opções de escolha são enormes, o que não acontecia antigamente.” Segundo Aburachid, o mercado infantil acelerou seu crescimento nos últimos 10 anos, impulsionado pelo avanço da renda do brasileiro.

Cláudia Osna, coordenadora de Marketing do Shopping Del Rey, diz que são nove lojas especializadas no centro de compras, sendo que só neste ano foram três inaugurações. “Esse mercado investe em novidades, como sapatos iguais para mães e filhas.” E como criança não tem tempo a perder em lugares monótonos e sem opção de diversão, o setor tem investido também na organização das lojas de modo a estender as compras. Cláudia avalia que o investimento dos empresários passa também pelo espaço físico, com opções para que a criança se sinta atraída a circular nos ambientes.

No BH Shopping a meninada também está cada vez com mais espaço. Renato Tavares, gerente de marketing do centro de compras, diz que, além de todo o entretenimento voltado para o público infantil que atrai os pais para o shopping, nos últimos três anos foram três novas inaugurações e hoje o shopping conta com uma dúzia de lojas 100% voltadas para as crianças.


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