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Estado de Minas

Poços de Caldas quer comércio justo


postado em 20/09/2012 06:00 / atualizado em 20/09/2012 06:56

Atrás dos consumidores conscientes, que fazem questão da rastreabilidade dos produtos (uma espécie de vida pregressa dos itens escolhidos nas prateleiras) e exigem respeito ao meio ambiente e aos direitos sociais, o café especial produzido nas fazendas de Córrego Dantas, em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, lança o município numa campanha para ser a primeira cidade de comércio justo do Brasil. A expressão vem do movimento internacional Fair Trade, na sigla em inglês, criado em favor do comércio ético e que já certificou mais de mil cidades na Europa e nos Estados Unidos, reconhecendo nesse conceito cerca de 27 mil mercadorias, a maioria alimentos.

A iniciativa mineira envolve 23 estabelecimentos comerciais, 13 empresas prestadoras de serviços de alimentação, uma dezena de indústrias, 10 escolas e três faculdades numa rede que vai consumir e ofertar o café aos consumidores e difundir os princípios do comércio ético na cidade. A produção cafeeira de Córrego Dantas, bairro rural do município, recebeu, em 2009, o selo de produto integrado ao comércio justo emitido pela certificadora alemã FLO – Fairtrade Labelling Organization. A segunda etapa do projeto prevê a comercialização em Poços de outros três produtos certificados no país, as castanhas de caju do Piauí e do Rio Grande do Norte; mel do Piauí e suco de laranja de São Paulo, informou Johann Schneider, consultor especializado na área do Sebrae Minas.

Prazo Todos os procedimentos para que Poços seja enquadrada no movimento deverão ser cumpridos até o fim de outubro. “Já existem camadas da população brasileira que têm consciência e condições de consumir os produtos certificados, como na Europa, onde há um conhecimento amplo do selo do comércio justo”, afirma Schneider. Esses consumidores são bem informados, têm poder aquisitivo e em 60% dos casos o nível de formação superior. A campanha em Poços abre mercado promissor para os cafeicultores.

“É importante que o brasileiro passe a consumir um produto de qualidade, pagando o mesmo que os europeus”, afirma João Batista Piva, presidente da Associação dos Agricultores Familiares de Córrego Dantas (Assodantas). Com a certificação, os produtores têm a garantia do preço na exportação e de um prêmio de R$ 40 a R$ 50 por saca. A Associação Brasileira de Comércio Justo informou que a campanha aproxima o Brasil dos países desenvolvidos, destaca o presidente da instituição, Naji Harb. Na Inglaterra,  as vendas do comércio justo equivalem a R$ 4,7 bilhões, ante R$ 3,6 milhões em 1997.


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