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Estado de Minas

Venda formal de aves combate ilegais


postado em 17/09/2012 07:29

No Parque Ecológico Vale Verde, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, são criadas algumas aves de bico torto, inclusive espécies ameaçadas de extinção, como ararajubas, arara-vermelha e azul. No total são 1,5 mil aves, sendo que são vendidos ao público papagaios, loris bailarinos e cacatuas. “Se colocamos as aves disponíveis para venda, elas não precisam entrar no comércio ilegal. Já que nasceram em viveiro, estão acostumadas a ser tratadas como pet e recebem alimentação sem precisar buscar. Possivelmente não sobreviveriam na natureza”, explica Pollyanna Mendes, gerente-geral do criatório que foi o primeiro legalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) no estado.

As aves do parque têm duração longa: geralmente mais de 50 anos, se bem alimentadas. O preço varia de acordo com a facilidade de reprodução. Os papagaios, por exemplo, custam a partir de R$ 2,6 mil, pois se multiplicam com um pouco mais de facilidade. Já as cacatuas chegam a custar R$ 15 mil. A reprodução costuma acontecer de agosto a outubro e geralmente cada ave coloca de dois a três ovos por casal. Os animais são vendidos com cinco meses. O parque costuma vender cerca de 20 aves por mês. “Tudo que é produzido é comercializado. A maior parte do público compra como hobby”, diz Pollyanna Mendes. As espécies criadas no Vale Verde têm a primeira reprodução demorada: tardam de quatro a oito anos para entrar na fase de maturidade. “E é importante o contato humano para a saúde da ave”, afirma Pollyanna.


LICENÇA DE PRODUÇÃO A calopsita é classificada como animal doméstico e não precisa de licença para comprar ou reproduzir, segundo o Ibama. Já o agaporni é classificado como animal exótico e a gestão da fauna vai passar para as mãos do Estado no período de dois a três anos. Com isso, a criação da ave está permitida apenas para quem já tem o plantel. Os novos criadores já estão sendo registrados, mas a permissão vai depender de acordo com o governo. A capacitação dos servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF) está sendo feita pelo Ibama.

Os papagaios, araras e maritacas são considerados animais silvestres e o registro de novos criadouros também está suspenso. O Ibama prepara a “lista pet”, na qual vai definir quais animais podem ser comercializados como de estimação. A lista está prevista para sair ainda este ano.


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