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Estado de Minas

R$ 30 bilhões a mais na economia

Mudança nas regras de depósitos compulsórios feitas pelo Banco Central, como redução de alíquotas, deve beneficiar consumidores com maior oferta de crédito e juros competitivos


postado em 15/09/2012 06:00 / atualizado em 15/09/2012 07:08

Brasília – Em meio a boatos de que bancos médios e pequenos estavam com dificuldade de financiamento no mercado, o Banco Central decidiu ontem mexer nos depósitos compulsórios e injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia. Por meio de uma circular, o BC não apenas simplificou as regras como também reduziu a alíquota do compulsório adicional sobre depósitos à vista e a prazo. Compulsórios são recursos que os bancos têm que deixar, obrigatoriamente, depositados no BC.

Segundo o próprio BC, os bancos devem usar os recursos liberados para oferecer mais crédito a taxas mais competitivas. Desde o fim do ano passado, o BC já tinha liberado cerca de R$ 70 bilhões em compulsórios. Com a medida adotada, ontem esse valor ultrapassará a marca dos R$ 100 bilhões nos próximos meses.

Na nova regulamentação, a alíquota adicional incidente sobre os depósitos à vista foi reduzida de 6% para zero e entrou em vigor ontem mesmo. Em relação ao depósito a prazo, o BC reduziu a alíquota adicional de 12% para 11%. O efeito dessa medida, no entanto, só começará a surtir efeito a partir de 29 de outubro.

Além da diminuição dos recursos que devem ficar parados no BC, a circular permite que até metade do recolhimento compulsório adicional sobre depósito a prazo seja cumprida mediante aquisição de letras financeiras e carteiras de crédito. Essa regra também entrou em vigor imediatamente.

O próprio diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, admitiu que o nível do depósito compulsório no Brasil é muito alto na comparação com o de outros países. No Brasil o total de compulsório, da ordem de R$ 380 bilhões , representa 9% do Produto Interno Bruto (PIB) enquanto que esse percentual, a nível internacional, está em torno de 2%.

"Não chegaremos nunca a um nível tão baixo, mas temos condições de ir fazendo adequações ao longo do tempo, seguindo as mudanças estruturais da economia brasileira", declarou. De acordo com o diretor, as reduções levarão a relação compulsório/PIB para 8,5%. Em nota, o BC disse que a redução dos compulsórios "contribuirá para alongar o perfil de captação do sistema e melhorar a distribuição da liquidez no mercado interbancário".

IMPULSO

A redução do compulsório determinada pelo BC é uma medida para estimular o crescimento econômico e evitar que o Produto Interno Bruto (PIB) apresente um avanço pífio em 2013, afirmou ontem o diretor-presidente FDA Global Financial Advisor, Miguel Daoud. De acordo com ele, o BC está despejando mais recursos no mercado para forçar os bancos a aumentarem a oferta de crédito.


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