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Estado de Minas

Gigante alemã ThyssenKrupp visita em sigilo áreas no Sul de Minas

Empresa segue os passos da Panasonic, que inaugurou fábrica em Extrema ontem. No Triângulo, a aposta é da Ambev


postado em 13/09/2012 06:00 / atualizado em 13/09/2012 07:16

Fábrica da Panasonic inaugurada ontem em Extrema vai gerar 400 empregos diretos(foto: EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 8/2/12)
Fábrica da Panasonic inaugurada ontem em Extrema vai gerar 400 empregos diretos (foto: EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 8/2/12)
Minas Gerais entrou na disputa de um projeto de investimento na área de fornecimento ao mercado automotivo da alemã ThyssenKrupp. Executivos da matriz da companhia visitaram o estado em julho para conhecer e avaliar áreas em Pouso Alegre e Extrema, sob absoluto sigilo e seguindo um cronograma que pode levar à tomada de decisão ainda neste ano, segundo fontes do setor ouvidas pelo Estado de Minas. A despeito do fraco desempenho da produção da indústria brasileira, expressivos aportes continuam a ser feitos em Minas, a exemplo da implantação de uma unidade da Ambev para fabricação de cerveja em Uberlândia, no Triângulo, empreendimento que será formalizado hoje com governador Antonio Anastasia. O orçamento é de R$ 550 milhões.

Em Extrema, foi inaugurada ontem a fábrica de itens da linha branca da Panasonic, a primeira linha produtiva mineira do segmento, com recursos de R$ 200 milhões, que começa pela oferta de geladeiras em outubro e parte depois para máquinas de lavar. Pouso Alegre, um dos municípios mineiros que mais têm atraído investimentos da indústria, se prepara para receber aportes de R$ 70 milhões da indiana ACG, fabricante de cápsulas para a indústria farmacêutica. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Renato Torres, está no país asiático para discutir os detalhes finais do projeto. Será a primeira unidade da ACG fora da Índia, com a geração de 75 empregos e início da produção previsto para o segundo semestre de 2013.

A ThyssenKrupp confirmou, em nota encaminhada ao EM a intenção de investir no fornecimento de componentes às montadoras de veículos. “A ThyssenKrupp está avaliando oportunidades na América Latina para o seu negócio no setor de fornecimento ao mercado automotivo. A decisão final ainda não foi tomada”, informou, por meio de sua assessoria de imprensa. As operações do grupo no Brasil envolvem a produção de elevadores, componentes para automóveis e siderurgia. Na área siderúrgica, a empresa anunciou no ano passado a intenção de se desfazer da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), do Rio de Janeiro. As negociações com a ThyssenKrupp seguem sigilosas no governo de Minas e na Prefeitura de Pouso Alegre.

Conforme o EM apurou, em razão da proximidade com São Paulo, o Sul de Minas atende os interesses da empresa alemã de fornecer blocos de motores e outras peças às maiores montadoras no país com uma logística estratégica de escoamento da produção. O subsecretário de Desenvolvimento Mínero-Metalúrgico e Política Energética de Minas, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, limitou-se a informar que, como outros investimentos, se o projeto da companhia alemã for confirmado, de fato, reforça a linha de ação do governo estadual à procura de empreendimentos que agregam valor à produção de itens básicos no estado, como o minério de ferro e o aço.

O protocolo de intenção de investimento da Ambev em Uberlândia, por sua vez, prevê a abertura de 200 vagas do quadro direto da fabricante de bebidas e outras 100 oportunidades entre os fornecedores e prestadores de serviços. Será também assinado um acordo para aportes da empresa Geociclo, no valor de R$ 20,7 milhões, numa fábrica de fertilizantes organominerais. A unidade vai empregar 92 pessoas.

Em Extrema, no Sul do estado, a planta da Panasonic ocupa área de 170 mil metros quadrados e dará emprego a 400 trabalhadores. A primeira linha de produtos ativada da fábrica é de refrigeradores com capacidade de 423 litros e tecnologia que reduz a necessidade de consumo de energia. Durante a inauguração, o diretor geral da Panasonic Corporation para a América Latina, Hidetsugu Uji, informou que a fábrica cumpriu um programa de redução de impactos sobre o meio ambiente, com redução também da emissão de gás carbono e reciclagem da maior parte do material usado no processo produtivo.


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