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Estado de Minas

Hotéis antigos ganham cara nova em Belo Horizonte

Empreendimentos de BH passam por reformas para enfrentar a concorrência das redes que chegaram e estão de olho na Copa


postado em 12/09/2012 06:00 / atualizado em 12/09/2012 07:21

"Estamos fazendo reforma geral, do piso ao teto", diz César Viana, gerente-geral do Financial (foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS - 24/3/11)
Tradicionais hotéis de Belo Horizonte estão sendo revigorados para enfrentar a concorrência das grandes redes que vão desembarcar na capital até a Copa de 2014. Ouro Minas, Othon Palace, Del Rey, Normandy e Financial estão em ritmo acelerado para ganhar novas tecnologias e ares mais modernos. O objetivo é não ficar para trás frente aos cerca de 40 hotéis que vão ser construídos nos próximos dois anos na capital, segundo levantamento do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo.

O Ouro Minas vai investir R$ 5 milhões na obra de reforma, que começou há três meses e termina em novembro. A principal alteração vai ser feita na fachada, que vai substituir a cerâmica pelo alumínio, com material mais ecológico, que esquenta menos e demanda menor uso do ar-condicionado. “A fachada vai ficar mais moderna e ganhar novo projeto de iluminação”, afirma Alexandre Drumond, diretor do Ouro Minas, que tem 352 quartos e padrão cinco estrelas.

A parte de academia e sauna também será reformulada dentro dos padrões exigidos pela Copa do Mundo. “Nosso atendimento será outro diferencial. Temos 250 funcionários, sendo que 30% falam inglês. É o que temos de novo para enfrentar o mercado competitivo que vai chegar”, observa Drumond.

O Othon começou no início do ano a maior reforma desde a sua inauguração, há 34 anos. Praticamente todo o hotel vai ser repaginado, com novos corredores sociais, substituição dos pisos, reforma das janelas, troca de carpete, decoração, cortinas, camas, enxoval, metais de banheiro, estofados, abajures, instalação de espelho de maquiagem, secador de cabelo nos banheiros e substituição das televisões de 21 polegadas por 42 polegadas.

O hotel conta com 296 quartos e a estimativa é de que as obras sejam concluídas no próximo ano. “A Copa do Mundo e das Federações são só mais um estímulo para as obras, pois os eventos vão durar pouco tempo, em torno de dois meses”, explica Bruno Rosa, gerente-geral do Othon. A ocupação do hotel hoje está em torno de 76%, sendo que 80% do público é de cliente corporativo. “É importante que a gente se prepare para a chegada dos novos hotéis”, diz Rosa.

O novo dono do Hotel Del Rey, na praça Afonso Arinos, toma posse do imóvel neste mês. A rede que adquiriu o imóvel de 11,8 mil metros quadrados ainda é mantida em sigilo. O representante da antiga dona do hotel, Carlos Alberto França, informa apenas que o novo proprietário é do ramo hoteleiro e vai dar continuidade à atividade. “O prédio está em ponto muito bom. O entorno dele é tombado e há vista definitiva para a Serra do Curral”, diz França.

Na Semana Santa do próximo ano, o cinquentenário e tradicional Hotel Normandy, conhecido por receber políticos como Juscelino Kubitschek, Ulysses Guimarães, Getúlio Vargas e Itamar Franco encerra sua temporada de reformas. O empreendimento, que foi vendido para a rede O.K, do empresário espanhol Manolo Fidalgo, passa por restauração e a meta do novo gestor é elevar o empreendimento da categoria de três para quatro estrelas.

“Estamos fazendo reformas em todas as instalações do hotel, desde banheiros a roupa de cama, parte de restaurante, cozinha e sala de convenções”, diz José Carlos Menezes, gerente-geral do Normandy. A rede O.K está no país há 50 anos e administra três hotéis no Rio de Janeiro. O empreendimento, de 134 apartamentos, vai passar a ter 165 unidades com a reforma. O Normandy pertencia à família Abras e completa 53 anos em 29 de dezembro. “Queremos produto novo no Centro da cidade. Vamos chegar como se fosse um novo hotel”, afirma Menezes.

Modernizando

O Hotel Financial, na Praça Sete, Centro da capital, está investindo R$ 20 milhões na modernização da infraestrutura e tecnologia. “Estamos fazendo reforma geral, do piso ao teto”, afirma César Viana, gerente-geral do Financial. O hotel tem 62 anos e tem 320 apartamentos, com tamanho médio de 18 metros quadrados. A reforma vai ampliar o tamanho dos quartos, que vão passar a ter 22 metros quadrados. O número de unidades, no entanto, vai diminuir para 240.

“Queremos um hotel três estrelas com diferencial competitivo”, diz Viana. As televisões, hoje de 32 polegadas, vão ser trocadas por modelos LED. Telefonia digital vai ser instalada em todos os apartamentos, chamadas integradas dos ramais e internet em todos os apartamentos e áreas comuns. No prédio serão instalados ainda piscina, sauna e área de fitness. “A reforma é fundamental para competir em condições de igualdade no mercado e fazer frente às grandes cadeias nacionais e internacionais que estão chegando. É preciso preparar para essa nova hotelaria de Belo Horizonte”, observa Viana.

A reforma na atual rede hoteleira na capital é fundamental para a sobrevivência no mercado, observa Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares (Sindhorb). “Belo Horizonte passou a ter muitos eventos internacionais. E as empresas estão cada vez mais exigentes com os serviços oferecidos pelos hotéis. A cama de madeira, por exemplo, não é mais usada. E a televisão, só se for de LED”, observa.


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