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Estado de Minas

Fundo compra fatia da Orguel

Gestora de ativos desembolsa R$ 200 milhões e adquire 25% de empresa mineira que aluga equipamentos para construção


postado em 05/09/2012 06:00 / atualizado em 05/09/2012 07:27

Em uma operação de cerca de R$ 200 milhões, a gestora global de ativos The Carlyle Group comprou 25% de participação acionária no Grupo Orguel, holding mineira especializada na locação de equipamentos para construção. O negócio foi fechado depois de um ano de negociações e representa importante passo para o processo de expansão da Orguel que deverá culminar com a abertura de capital (IPO) da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

“Há três anos nos preparávamos para receber um sócio deste nível. Melhoramos nossos processos de gestão e passamos por todas as auditorias. Este é um passo para a possível oferta de ações na bolsa nos próximos quatro a cinco anos”, prevê o fundador e presidente do Conselho de Acionistas do Grupo Orguel, Francisco de Assis Guerra Lages, cuja família permanece com o controle acionário da holding.

Os recursos para a operação vieram da parceria entre os fundos Carlyle South America Buyout Fund, que administra US$ 776 milhões, e o Fundo Brasil de Internacionalização de Empresas FIP (FBIE). Composto atualmente por 10 empresas, o Grupo Orguel também possui divisões nas áreas imobiliária e de finanças que ficaram de fora da operação. “O interesse do sócio está concentrado na área de locação de equipamentos. Inclusive já investem neste segmento em outros países”, observa Lages. O Carlyle possui participação em setor semelhante na Hertz, nos Estados Unidos, e na Coates Hire, na Austrália, ambas líderes neste mercado.

O sócio estratégico trará capital suficiente para que a Orguel dê uma importante guinada no mercado, que deverá ser acompanhada por uma profunda reestruturação. “Esperamos dobrar de tamanho nos próximos três a quatro anos”, afirma Lages. Segundo o executivo, o faturamento anual da empresa chega a R$ 400 milhões. Para alcançar o resultado planejado, a companhia pretende expandir os segmentos atendidos no mercado interno, que hoje praticamente se resume ao setor de edificações.

“Queremos atender outras áreas como petróleo e gás e o próprio mercado de infraestrutura, que deverá crescer bastante com o programa recente anunciado pelo governo federal”, declara Lages, ao se referir a concessões de rodovias e ferrovias que terá investimentos de R$ 133 bilhões. “O sócio veio exatamente para nos dar condições de expansão ao unir capital com a experiência”, acrescenta.

Mudanças

O próximo passo agora é a escolha do CFO (diretor financeiro) pelo conselho administrativo da Orguel, reforçado pelo Grupo Carlyle. “Será importante para manter a estruturação financeira da empresa”, pondera Lages. “Provavelmente haverá uma reestruturação do grupo. Agora vamos montar um planejamento estratégico”, acrescenta. O executivo não descarta a possibilidade de união de filiais e racionalização do mercado de atuação como forma de garantir ganho de escala e competitividade. “Serão feitos estudos e pode ocorrer fusão entre empresas do grupo”, prevê. Atualmente, a holding conta com 75 filiais em 11 estados brasileiros. No Brasil, o Carlyle já possui participação em empresas como a operadora de turismos CVC e a varejista de brinquedos Ri-Happy.


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