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Estado de Minas HERDEIROS COM CULTURA DE LÍDER

Na linha sucessória de empresas tradicionais, jovens buscam formação para assumir comando


postado em 02/09/2012 07:31

A indefinição da situação de herdeiros na sucessão dos negócios familiares de diversos portes em Minas e a necessidade de formar empreendedores está levando à criação de cursos e programas voltados para o desenvolvimento empresarial e para o empreendedorismo de jovens no país. Estudo da PwC Brasil revela que as empresas familiares representam hoje 66% do total das corporações e 90% das brasileiras. Das 300 maiores empresas brasileiras, nada menos do que 256 são familiares.

Essas corporações são responsáveis por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e respondem por 75% do total de empregos gerados no país. Ainda assim, metade desse contingente não dispõem de um programa claro de sucessão, boa parte sequer escolheu o sucessor, 66% não possuem critérios para avaliar membros da família que desejam assumir papel ativo na empresa e igual percentual não adotou procedimentos para resolver conflitos entre parentes.

De acordo com Carolina Antunes, presidente do Instituto de Formação de Líderes (IFL), que porporciona formação ampla para preparação de jovens líderes em diversos segmentos empresariais, nos últimos dois anos cerca de 190 empreendedores com idade entre 18 e 32 anos passaram pelo instituto, formado por empreendedores que vão suceder o comando das empresas da família ou que montaram um negócio próprio e precisam de base para levá-lo adiante. “Oferecemos um ciclo de formação de lideranças com duração de dois anos”, explica. Esse ciclo inclui desde a preparação para a gestão até o relacionamento com o mercado, o que é feito por meio de palestras com economistas, empresários e políticos de renome como Pedro Malan e Fernando Henrique Cardoso. “O único critério para a participação é a abertura para o debate. A pessoa deve estar disposta a trocar ideias com outros empresários e empreendedores”, explica.

Marcela Ohana, 27 anos, resolveu aderir e não se arrepende. Filha do empresário Salvador Ohana, dono da Klus, loja de roupas especializada em moda masculina, ela formou fileira no IFL há dois anos e meio. “O aprendizado mudou a minha maneira de enxergar o mercado e também a minha visão da empresa”, explica. A experiência fez com que ela optasse por outro negócio da família, a Dash Uniformes. “Consegui ganhos concretos. Com a troca de conhecimento, o tamanho da carteira de clientes de pequeno e médio portes da Dash dobrou nos últimos dois anos”, comemora.

Na franquia Diante da necessidade de formar sucessores para sua rede de franqueados, O Boticário, maior rede de franquias e perfumaria do mundo, criou um projeto próprio para preparar e desenvolver as competências de gestão dos sucessores. O programa, idealizado em setembro de 2010, é destinado a todos os franqueados da marca no Brasil e seus herdeiros naturais (filhos) ou outros que possam assumir a posição de gestores nos próximos dois anos. Osvaldo Moscon, diretor de desenvolvimento de canais de franchising da empresa, explica que permanência dos valores da marca e a perenidade das relações com a rede de franqueados motivaram as primeiras discussões sobre o programa de sucessão. “Com o programa, os herdeiros do negócio entendem o quanto é importante preservar os valores da marca”, sustenta.


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