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Estado de Minas

Empréstimo facilitado é alavanca para empreendedores


postado em 07/08/2012 06:00 / atualizado em 07/08/2012 06:47

Diante das dificuldades em conseguir empréstimos bancários para ampliar seus negócios, devido à falta de garantias patrimoniais, micro e pequenos empresários do Leste de Minas Gerais importaram da Europa pós-guerra uma ideia que, além de garantir o desejado financiamento, assegura juro mensal inferior ao cobrado no mercado. Trata-se da primeira sociedade de garantia de crédito (SGC) do estado, batizada de Garantia dos Vales e inaugurada em Governador Valadares. Na prática, esse tipo de entidade serve como avalista de empréstimos para negócios de pequeno porte.

A SGC se compromete com o banco a pagar até 80% do empréstimo contratado pela empresa associada. Diante de percentual considerado alto, as instituições financeiras, como o Banco do Brasil e outras, cobram um percentual bem abaixo do mercado. “Isso porque, com o empresário tendo a carta de crédito da SBC, o risco para o banco fica mais baixo. Afinal, avalizamos 80% do empréstimo. Para ter ideia, o juro mensal fica em torno de 1,5%. Sem ela, gira em torno de 2,5%”, compara o comerciante Hoberg Dutra Leocádio, presidente da entidade mineira.

A Garantia dos Vales é a sexta SGC do país. A primeira, chamada de Garantiserra, foi aberta em 2003 no Paraná. As outras chegaram ao mercado em 2011, sendo três no mesmo estado do Sul do país – Garantioeste, Garantisudoeste e Noroestegarantias – e uma no Rio de Janeiro – Garantinorte. Muitos desses empresários vão se reunir, amanhã e quinta-feira, no 3º Fórum Brasileiro de Sistemas de Garantias de Crédito para as Micro e Pequenas Empresas, que ocorrerá no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.

Mas atenção: o propósito dessas entidades não é socorrer empresas prestes a falir. Pelo contrário: o objetivo é avalizar empreendimentos em condições de expansão, mas com dificuldades de obter crédito bancário em razão da falta de garantias exigidas pelas instituições financeiras. No caso da Garantia dos Vales, os empréstimos são limitados, atualmente, a R$ 100 mil. Isso porque o fundo de risco da entidade é de R$ 2 milhões e, segundo o estatuto da entidade, o aval para cada empresa não pode ultrapassar 5% desse valor.

Esse fundo é emprestado pelo Sebrae, patrocinador do projeto. “É uma inovação financeira, que estimula os pequenos negócios. Os empresários se beneficiam com a facilitação do acesso ao crédito e redução de custos”, destaca o diretor-técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos.

Ele conta que mais duas sociedades serão criadas em Minas: “Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e outra no Alto Paranaíba”. A pauta será discutida, explica Santos, no encontro desta semana. A expectativa é de que elas sejam implantadas em 2013.


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