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Estado de Minas

FMI prevê Espanha em maior recessão

Projeção do fundo mostra que país deve ter contração de 0,6% no PIB. Taxa de desemprego atinge marca histórica


postado em 28/07/2012 06:00 / atualizado em 28/07/2012 07:22

Madri –A economia da Espanha vai se contrair 1,2% em 2013, conforme projeções divulgadas ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A projeção anterior do Fundo indicava uma contração de 0,6% para o Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem. Para este ano, a equipe de analistas do FMI ajustou a projeção de uma queda de 1,5%, divulgada no último dia 16, para 1,7%. Ontem, o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol revelou que a taxa de desemprego do país atingiu uma nova taxa histórica (24,6%) no segundo trimestre. Segundo o instituto, mais de 1,7 milhão de famílias estavam com pelo menos um integrante desempregado.

Por conta disso, o governo da Espanha pode perder o acesso aos mercados se não conseguir controlar seu déficit orçamentário e se os fluxos de saída de capital da quarta maior economia da Zona do Euro prosseguirem, afirmou o FMI. No entanto, o fundo disse que o governo do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, apresentou um forte programa de reformas econômicas e financeiras e que isso, combinado com um maior suporte das instituições do bloco econômico europeu, pode ajudar a Espanha a recuperar a confiança dos investidores.

Em uma teleconferência, James Daniel, líder da missão do FMI para a Espanha, reiterou a posição do fundo de que o Banco Central Europeu (BCE) deveria ter um papel mais ativo na tentativa de acalmar a turbulência nos mercados financeiros da Zona do Euro. No começo deste mês o governo espanhol anunciou cortes no orçamento no valor total de 65 bilhões de euros (US$ 79 bilhões).

Ontem, t rês bancos espanhóis divulgaram queda nos lucros no segundo semestre. CaixaBAnk S.A., o terceiro maior banco espanhol em valor de mercado, o Banco Popular Español S.A., e pequeno Banco Espanhol de Crédito S.A., informaram que foram obrigados, em fevereiro, a destinar a maior parte de seus lucros para aumentar suas garantias contra as perdas no setor de propriedade, depois de o governo ter elevado o nível de provisionamento requerido para os bancos por duas vezes este ano.

CaixaBank informou que o lucro líquido despencou 78%, para 118 milhões de euros no trimestre passado, enquanto o lucro do Popular caiu 37%, para 75,4 milhões. O Banesto, que é de propriedade do Banco Santander SA, informou que seu lucro trimestral encolheu 97%, para 14,4 milhões.

Resgate total A vice-primeira-ministra da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, negou ontem que Madri tivesse discutido com a Alemanha a possibilidade de um pacote de resgate total, no valor de 300 bilhões de euros, como foi divulgado mais cedo pela Reuters. O suposto pacote teria sido discutido na última terça-feira, durante reunião do ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, com o colega alemão Wolfgang Schäuble, em Berlim. A vice-premiê disse que o comunicado divulgado após o encontro não fazia qualquer referência a um resgate integral. Segundo ela, "não vai haver resgate" e "não existe a opção de resgate". A União Europeia recentemente aprovou um programa de ajuda de até 100 bilhões de euros para o setor bancário da Espanha.


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