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Estado de Minas

Manifestação dos caminhoneiros ainda impede passagem de veículos na BR-381

Categoria se opõe ao preço do óleo diesel, a condição das estradas do país, o aumento do frete e, principalmente, a legislação que regulamenta as horas de trabalho dos motoristas


postado em 27/07/2012 15:56 / atualizado em 27/07/2012 17:54

BR-381: Carros são impedidos de passar em alguns pontos da manifestação(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil.)
BR-381: Carros são impedidos de passar em alguns pontos da manifestação (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil.)

Um protesto feito por caminhoneiros continua paralisando a BR-381, em Minas Gerais. De acordo com informações da Autopista, concessionária que administra a rodovia Fernão Dias, na tarde desta sexta-feira, havia dois bloqueios no sentido São Paulo, em Igarapé, no km 513, e em Carmópolis de Minas, no km 589.

No sentido Belo Horizonte, por volta de 15h30 havia manifestação dos transportadores, bloqueando a faixa dois e o acostamento em quatro pontos:

 - km 589 (Carmópolis de Minas): o tráfego segue pela faixa 1, com retenção do km 596 ao km 589;
- km 649 (Santo Antônio do Amparo): pista totalmente fechada em ambos o sentidos
- Km 636 (Santo Antônio do Amparo): o tráfego segue pela faixa 1, com retenção do km  634,6 ao 636.

BR-040


Na BR-040, motoristas enfrentam lentidão no km 576, em Nova Lima, no sentido Rio de Janeiro, mas a pista já foi totalmente liberada, informa a Polícia Rodoviária Federal. Já no km 603, em Congonhas, a manifestação não impede o trânsito de veículos desde às 14h.

Manifestação

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a corporação tem tentado negociar com os manifestantes, mas não tem obtido sucesso. “Pedimos liberação de uma faixa de circulação para passagem de veículos de automóveis, ônibus, vans, veículos de emergência e também de motoristas que não queiram participar do movimento. Até o presente momento, houve pouco atendimento, por parte dos manifestantes, das solicitações da PRF”, informou a PRF, por meio de nota.

A PRF afirma que em alguns trechos onde a manifestação é feita, os outros usuários têm sido impedidos de passar, mesmo que estejam transportando idosos, crianças, pessoas doentes e em tratamento de saúde. Além disso, a PRF disse ter observado que já houve casos de vandalismo a veículos parados no congestionamento e coação a caminhoneiros que não querem participar do movimento.

Paralisação dos motoristas na BR-381(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil.)
Paralisação dos motoristas na BR-381 (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press. Brasil.)
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que vem mantendo negociação com representantes dos caminhoneiros buscando o aperfeiçoamento dos requisitos para inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas e das normas relativas ao pagamento eletrônico de frete, entre outros itens.

A ANTT reforçou que em agosto todas as partes envolvidas terão a oportunidade de discutir o assunto no Fórum Permanente do Transporte Rodoviário de Cargas. “A agência reguladora, por seus diretores e seu corpo técnico, sempre esteve e continuará à disposição dos transportadores rodoviários, pessoas físicas ou jurídicas, para discutir e efetivar medidas que busquem harmonizar os interesses de prestadores e usuários dos serviços de transporte rodoviário”, disse a ANTT, por meio de nota.

Reivindicações

A categoria reivindica a regulamentação efetiva da profissão, critica a lei que possibilita a entrada de qualquer pessoa no mercado e a inexistência de acostamentos e pontos de apoio nas margens das estradas, que colocam em risco a vida dos usuários e impede a parada obrigatória do motorista a cada quatro horas de viagem.

De acordo com José Acácio Carneiro, presidente do regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), a categoria hoje está pagando para trabalhar e vai para as estradas no vermelho. Nélio Botelho, presidente nacional da entidade, calcula que, em média, o excesso de oferta de fretistas reduziu o valor do frete em 35% no país. Houve registros de bloqueios de rodovias e queda no movimento de caminhões em ao menos quatro estados, concentrados nas regiões Sul e Sudeste. Além de Minas, foram afetados Espírito Santo (Cachoeiro de Itapemirim , Iconha e Linhares) e Paraná (rodovia que leva ao porto de Paranaguá, ao Mato Grosso e ao Paraguai).


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