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Estado de Minas

Trabalhadores da construção pesada em greve no Ceará


postado em 04/06/2012 15:44

Pelo menos 8 mil trabalhadores da construção pesada entraram em greve nesta segunda-feira em mais de duas dezenas de grandes obras em Fortaleza e interior do Ceará. A greve acontece, segundo o Sindicato da categoria, devido ao impasse pelo não cumprimento da data base dos operários. As negociações acontecem desde 1º de abril, mas o acordo não foi celebrado.

"Estamos paralisando todas as obras de mobilidade urbana e saneamento em Fortaleza, além das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no interior cearense", informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada, Raimundo Nonato Gomes.

Somente na Região Metropolitana de Fortaleza 600 trabalhadores do Trem Metropolitano de Fortaleza (Metrofor) estão em greve desde 28 de maio. Nesta segunda-feira iniciaram a paralisação 400 operários do Centro de Tratamento de Água e Esgoto, da PB Construções. Já nas obras de Saneamento do entorno da Arena Castelão são 350 trabalhadores parados. Também em greve operários das empresas Delta, Canter e Getel que faziam a recuperação da BR 222. Lá, são 1,6 mil em greve.

No Cariri Cearense. mais 1,6 mil operários paralisaram as obras da transposição do Rio São Francisco, em Mauriti. Também no Cariri 200 operários da empresa Coral pararam as obras de três rodovia. Ainda naquela região obras de três barragens foram paradas por mais 200 trabalhadores. Em Icó, a 450 quilômetros de Fortaleza, cerca de 100 trabalhadores pararam as obras de restauração da BR 116. Essa obra ainda é da responsabilidade da Delta Construções.

Ao justificar a greve, Raimundo Nonato Gomes disse que quer que o Brasil cresça, "mas que este crescimento não pode acontecer nas costas desses trabalhadores. Nossa luta é legitima, pois reivindicamos melhorias nas condições do nosso trabalho."

Na pauta de reivindicação dos operários da Construção Pesada estão 25% de reajuste salarial, R$ 300,00 em cesta básica, plano de saúde para o trabalhador e seus dependentes, participação nos lucros de 440 horas; folga de campo a cada 60 dias aos trabalhadores que moram fora do Ceará e respeito à data base de abril.

Nonato adiantou que os empregadores não apresentaram ainda nenhuma proposta e que na quarta-feira haverá uma assembleia para decidir se a greve continua. "Até quarta esperamos a apresentação de uma proposta patronal para definirmos o rumo do movimento", destacou o sindicalista.


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