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Estado de Minas

Empreendimentos hoteleiros com ocupação garantida na capital

Empreendedores que apostaram na construção de hotéis em Belo Horizonte asseguram que nível de hospedagem será mantido depois da Copa. Ganho para investidor será de 0,7% a 1%


postado em 24/05/2012 06:00 / atualizado em 24/05/2012 06:48

Os investidores começam a apostar em um novo tipo de negócio em Belo Horizonte: os empreendimentos hoteleiros, que têm metas de rentabilidade entre 0,7% e 1%, para uma taxa de ocupação média de 65% a 70%. Opção para investir é o que não falta. A capital conta hoje com 43 hotéis em construção ou licenciados, que movimentam R$ 1,49 bilhão em investimentos, segundo o Comitê da Copa da Prefeitura de Belo Horizonte.

Os analistas de mercado apostam que os administradores dos novos hotéis não terão dificuldades em garantir a ocupação dos quartos no período pós-Copa. “Os novos hotéis tendem a ter ocupação depois da Copa, pois a rede hoteleira de Belo Horizonte hoje é deficiente. Quem pode sofrer são os hotéis atuais, que ficaram desatualizados”, observa Evandro Negrão de Lima, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI) e do Sindicato da Habitação de Minas Gerais (Secovi-MG).

Na avaliação dele, o segmento hoteleiro pode ser considerado como boa opção de investimento, mas é preciso planejamento. “A pessoa tem que analisar a questão do custo x benefício e do retorno. É preciso lembrar que não vai ter trabalho de manutenção e o investidor não vai ter que pagar IPTU e condomínio. E é um ativo que valoriza e gera renda mensal”, afirma Lima. De qualquer forma, diz, é preciso avaliar se a projeção de diária média dos empreendedores é realista, assim como taxa de ocupação e despesas.

O grupo Maio/Paranasa espera rentabilidade média de 8% a 10% ao ano nos sete hotéis que vai construir até a Copa do Mundo. “É preciso lembrar que a taxa é livre de impostos e do fundo de reserva, o que garante rendimento superior às aplicações financeiras”, diz. Na rede, todos os investidores são agrupados em propriedade e quem cuida da revitalização é a operadora.

Operação

A construtora Direcional começa a comercializar em junho as unidades do Goinn, na Pampulha, que vão ter cerca de 18 metros quadrados e serão vendidas por cerca de R$ 220 mil. “Se tiver taxa de ocupação a partir de 65% ao mês, a rentabilidade deve ficar entre 0,7% e 0,8%. No caso dos hotéis econômicos, a vantagem é a operação barata”, diz Júnior Bosco, gerente comercial da regional mineira da Direcional. O diretor comercial e de marketing da Patrimar, Lucas Guerra Martins, explica que os investidores entram em uma administração hoteleira, mas não têm a posse do imóvel. “Se eles forem se hospedar no hotel, ganham desconto”, afirma Martins.

Nos hotéis da rede Bristol, é esperado que os empreendimentos de alto luxo tenham 0,9% de rentabilidade ao mês sobre o valor do capital, para uma taxa de ocupação de 63%, livres do Imposto de Renda (IR) e da contribuição social sobre o lucro. No caso dos econômicos é esperada rentabilidade mensal de 1,3% a 1,5%, informa Gilberto Cordeiro, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing do Bristol Hotéis & Resort. “Nos hotéis de padrão econômico temos 0,30 funcionário por apartamento, na categoria superior, 0,52 por unidade, e no luxo, 0,93”, explica.

O diretor da Corval Corretora de Valores, Juliano Lima Pinheiro, lembra que a receita do hotel não vem apenas do serviço de hospedagem, mas também de restaurantes e garagem. “E é preciso entender que há várias formas de investir em hotéis. Pode ser em condomínios, onde cada pessoa aposta em cotas, ou em fundo de investimentos, que vai ter cotistas”, afirma Pinheiro. Ele considera que o fundo de investimentos tem liquidez maior e estrutura jurídica mais confiável, pois é fiscalizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).


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