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Estado de Minas

Momento é de cautela para os investidores

Com queda da Selic, caderneta perderá rendimento, mas continua sendo aplicação segura para pequenos poupadores. Ganhos maiores vão exigir valores mais altos e elevação do risco


postado em 05/05/2012 06:00 / atualizado em 05/05/2012 07:10

No novo cenário do país, onde um coquetel formado pela estabilidade econômica, necessidade de impulsionar o crescimento, redução nos juros básicos da economia (taxa Selic) e inflação sob controle fez com que governo federal mexesse nas regras da mais tradicional aplicação do Brasil – a caderneta de poupança –, o investidor deverá manter a cabeça fria para não perder dinheiro. Se quiser manter os altos ganhos, deverá correr o risco e aplicar o seu dinheiro na bolsa de valores, em ouro ou em dólar. Se optar por remuneração mais tímida, porém mais segura, as saídas são o Tesouro direto, os CDBs e até a própria poupança. Deverá, ainda, ficar de olho na taxa de administração dos fundos de investimento, caso sua escolha seja manter o dinheiro nessa modalidade de investimento.

Para Samy Dana, professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, diante da mudança no rendimento da poupança, que passa de 6,17% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para 70% da Selic mais TR, quando a taxa estiver igual ou menor a 8,5%, a primeira decisão a tomar é entre poupança e tesouro direto. “Feita a escolha, o investidor deve procurar o seu banco e ver qual a rentabilidade do CDB oferecido como percentual do CDI para tomar a decisão final. O Tesouro direto é preferível à poupança e a qualquer CDB cujo rendimento seja inferior a 94% do CDI”, sustenta. De acordo com ele, essa aplicação, a de menor risco no mercado, só perderá para outros investimentos em renda fixa quando a Selic estiver abaixo de 8,25% e o prazo de investimento for menor do que seis meses. “Se ficar acima, o Tesouro ganha sempre. Se a Selic ficar abaixo disso, mas a pessoa investir por mais de seis meses, ela também ganha”, afirma.

O problema é que procurar o melhor investimento, é como procurar o melhor remédio na farmácia. Na prática, uma fórmula perfeita, ou uma resposta perfeita, não existe. Tudo depende da quantidade de recursos a serem aplicados, do tempo em que eles poderão ficar investidos, da finalidade do investidor. É o que diz Jurandir Sell Macedo Jr., consultor financeiro e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “A caderneta é e continua sendo excelente alternativa para a reserva de emergência. É direcionada a pessoas mais simples. Para aqueles que querem formar uma reserva para a aposentadoria, as alternativas continuam sendo investir em títulos públicos, fundos de investimento e CDBs”, acredita.

Tempo

Para aplicar o dinheiro no Tesouro direto, ele explica que a pergunta que o investidor deve se fazer não é quanto dinheiro vai deixar lá, mas por quanto tempo isso será feito. “É um opção muito boa para quem pode deixar o dinheiro rendendo por mais de um ano”. Segundo ele, alternar títulos público com ações também pode ser um bom investimento. Além disso, fundos de investimento com taxas de administração altas passam a perder atratividade. No Brasil, essas taxas vão de 1,5% até 3%, o que pune os investidores. De acordo com Samy Dana, com a Selic a 8,5%, a pessoa que aplicar R$ 5.000 por um ano terá rendimento líquido de 6,14% na poupança, 6,46% no tesouro direto, 6,10% no CDB e 5,6% nos fundos de investimento.

Nesta semana, a Caixa lançou dois fundos de investimento em renda fixa. O Caixa FIC Performance, que prioriza recursos aplicados em ativos atrelados à inflação, tem aplicação mínima de R$ 50 mil e taxa de administração de 0,80% ao ano, um patamar considerado baixo. Por outro lado, o FIC Geração Jovem, tem aplicação inicial de R$ 10, mas taxa de administração de 1,30%. “O valor aplicado está diretamente ligado ao tamanho da taxa. Isso é histórico. Queremos popularizar os fundos para pequenos investidores”, diz Alenir de Oliveira Romanello, superintendente nacional de ativos de terceiros do banco.


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