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Estado de Minas

Migração de banco pode baratear financiamento imobiliário com menores juros

Mesmo tendo que arcar com custos de avaliação e taxas de cartório, economia feita com taxas mais baixos ao longo dos anos compensa


postado em 29/04/2012 07:53 / atualizado em 29/04/2012 07:56

O anúncio de redução das taxas de juros do crédito imobiliário pela Caixa Econômica Federal — em até um quinto — tornou a portabilidade do contrato de quem já tem financiamento habitacional uma oportunidade para economizar uma boa quantia. A maior vantagem é para os mutuários da classe média, com imóveis financiados dentro ou fora do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que têm contratos com outros bancos.

“O impacto no bolso da diferença de um ou dois pontos percentuais na taxa anual ao longo de 20, 30 anos é significativo”, resume o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor de vários livros sobre finanças pessoais. Para fazer a portabilidade do financiamento imobiliário, o cliente terá de arcar com custos que ultrapassam R$ 1 mil, referentes a taxas de avaliação do imóvel e de cartório. “Mesmo com esses custos administrativos, compensa fazer a transferência da dívida”, recomenda Domingos.

Antes de decidir pela troca de instituição, porém, o especialista aconselha o mutuário a negociar antes com seu gerente atual melhores condições para o financiamento. Domingos acredita que os bancos privados vão procurar oferecer encargos mais baixos para não perder clientes.

Hoje, os bancos privados cobram, em geral, 10,5% de taxa de juros efetiva por ano, mais a atualização do saldo devedor pela Taxa Referencial de Juros (TR) nos financiamentos de imóveis dentro do SFH (com valor até R$ 500 mil). No Banco do Brasil, esses encargos são de 8,4% e 10% ao ano. Já a Caixa oferecerá, a partir de 4 de maio, juros de 7,9% (para quem receber o salário pelo banco), de 8,4% (para quem mantiver pelo menos relacionamento com o banco, por meio de conta-corrente e outros produtos, como cartão de crédito) e 9% (para quem fizer apenas o financiamento habitacional). A atualização do saldo devedor também é pela TR.

No caso de imóvel acima do limite do SFH, em que as demais instituições cobram juros de 11% (novos contratos) e de 12,5% (financiamentos antigos), a economia também é expressiva se o cliente optar por trocar pela Caixa — os juros caem para a faixa entre 9% e 10% ao ano mais TR .

Desembolso

A diferença do custo para os demais bancos passa de dois pontos percentuais, dependendo do contrato original. Significa até R$ 3 mil a menos por ano para um saldo devedor de R$ 150 mil — essa economia em reais vai reduzindo ao longo o contrato, conforme o saldo devedor também diminui. Mesmo uma diferença de um ponto percentual nos juros contratuais representa economia de até R$ 1,5 mil por ano, totalizando cerca de R$ 12 mil em 15 anos para uma dívida de R$ 150 mil. Quanto maior o prazo remanescente do contrato, maior a economia dos juros que deixam de ser pagos.

Procurados, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC e Santander informaram que estão avaliando o mercado para decidir que estratégia adotarão para fazer frente à investida agressiva da Caixa, que já era a mais competitiva do mercado de crédito imobiliário. O Santander e o HSBC adiantaram que já estão estudando a possibilidade de baixar suas taxas dos novos e dos atuais clientes.

 

 


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