(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dentistas decidem parar por reajuste


postado em 20/04/2012 06:00 / atualizado em 20/04/2012 09:00

Os planos odontológicos da Região Metropolitana de Belo Horizonte somam cerca de 1 milhão de conveniados, que correspondem a 60% dos usuários do estado. Em todo o país 16,8 milhões de pessoas já aderiram à modalidade que promete facilitar a ida ao dentista. Mas a carterinha do convênio não tem sido sinônimo de atendimento garantido e com qualidade. A denúncia vem dos próprios profissionais, que iniciaram ontem e continuam hoje um protesto contra os planos odontológicos. Os dentistas reivindicam reajustes nos valores da tabela de procedimentos e da consulta.

Dentistas fazem campanha na Praça Sete contra planos de saúde(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press )
Dentistas fazem campanha na Praça Sete contra planos de saúde (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press )
Na Praça Sete, os dentistas distribuíram uma carta aberta à população alertando que o sorriso saudável pode estar comprometido. Segundo o Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais (Somge), no primeiro dia de mobilização cerca de 40% dos dentistas do interior do estado não atenderam pacientes dos convênios. Em Belo Horizonte e Contagem, o percentual estimado foi de 50%, o que significa dizer que na capital cerca de 2,5 mil dentistas fecharam o consultório para os pacientes dos planos ontem. Segundo a Odontoprev, porta-voz da Rede Unna – composta por nove operadoras que, juntas, representam mais de 40% do mercado odontológico –, não houve alteração no atendimento. De acordo com a rede, o consumidor que não conseguir atendimento devido à paralisação deve entrar em contato com a operadora de que é associado.

A mobilização dos dentistas, com apoio do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG), Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais (Somge) e Associação Brasileira de Odontologia (ABO-MG), começou no ano passado e vai se repetir em outubro. Segundo os especialistas, os preços pagos pelos planos chegam a ter defasagem superior a 80%. Os planos odontológicos se tornaram opção para o consumidor que não tem recursos para bancar o atendimento particular, mas o crescimento do setor, que no ano passado faturou R$ 2 bilhões, não garante satisfação aos dentistas, que querem reajuste no valor da consulta de R$ 12 para R$ 60.

A Odontoprev diz, em nota oficial, que em Minas são 3,5 mil dentistas credenciados à rede e que a tabela dos profissionais sofreu reajustes este ano de até 50% em alguns procedimentos. “Pelo contrário. Alguns procedimentos que já estavam defasados chegam a ter queda de até 65%”, rebate Eduardo Gomide, liderança do movimento dos dentistas de Minas e presidente da Comissão Estadual de Convênios e Credenciamentos de Minas Gerais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)