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Estado de Minas

Apple supera os US$ 600 bilhões

Ações da criadora do iPhone, iPad e iPod alcançam valor recorde e empresa passa a liderar ranking das mais valiosas


postado em 11/04/2012 06:00 / atualizado em 11/04/2012 07:03

A maçã nunca esteve tão bem cotada na praça. O valor de mercado da Apple, a mais valiosa do mundo companhia desde janeiro, bateu nessa terça-feira os US$ 600 bilhões. A marca só havia sido atingida anteriormente pela arquirrival Microsoft, no auge da bolha das empresas .com. A companhia de Bill Gates se manteve nos US$ 600 bilhões durante 13 dias e hoje vale US$ 260 bilhões. Desde a morte de Steve Jobs, o legendário fundador da Apple, a valorização foi de US$ 249 bilhões. Só este ano, até março, a empresa que inventou iPads, iPods e iPhones já havia valorizado mais que a Petrobras. No ranking das mais valiosas do planeta, aliás, a Apple deixou para trás outra petrolífera, a Exxon Mobil.

A comparação com a posição atingida pela Microsoft durante a traumática bolha da internet na virada do milênio não chega a ser um fantasma, segundo especialistas. “Não há motivos para se preocupar porque a Apple tem hoje 18 anos de retorno: se você comprar uma ação no atual preço, em 18 anos, só com lucros e dividendos, você terá seu capital investido de volta, sem levar em consideração a variação do preço da ação”, diz Miguel Daoude, da Global Corretora. De acordo com ele, isso decorre do potencial de faturamento, o lucro líquido em relação ao valor de mercado.

Os números que alavancaram as expectativas do mercado quanto à Apple ainda estão no ano passado, quando a companhia mais que dobrou a quantidade de iPads que despejou no planeta. Em relação ao último trimestre de 2010, as vendas do brinquedinho - que não é bem um computador, mas também não é um celular – subiram 111%. Os iPhones, celulares que também criaram novos paradigmas para a telefonia, somaram 37.04 milhões no quarto trimestre de 2011, aumento de 128% ante igual período de 2010. A empresa informou um lucro líquido recorde de US$ 13,064 bilhões no quarto trimestre de 2011, ou US$ 13,87 por ação, à época.

“É hoje um movimento consolidado, porque a Apple se solidificou no mercado. Há uma base real para sustentar o valor de mercado e perante investidores e agentes de mercado, ela demonstra certa estabilidade que não tem muito a ver com a época da bolha. Muito pelo contrário, aliás”, opina Márcio Sette Fortes, economista do Ibmec. Justamente a inovação de produtos capazes de criar novos mercados – como os iPhones fizeram com as lojas de aplicativos ou os iPads com o nicho dos tablets – se reflete em grande parte na valorização de mercado da companhia. Tanto que a concorrência adota modelos semelhantes, no encalço da que primeiro teve visão para esses investimentos.

A expectativa quanto aos ganhos futuros da companhia é, segundo Fortes, retroalimentada pela própria estratégia de marketing da empresa, que fideliza consumidores. Embora não sejam produtos que atendam 100% da necessidade (não há, por exemplo, como ver sites em tecnologia Flash, ou comunicação com portas USB), a empresa vende inovações que viram cifras, de acordo com ele: “Não basta ser consumidor, a figura tem que ser um dos primeiros a ter o produto – as filas nas portas das lojas geram peso sobre as vendas e há a certeza que o produto que vai ser lançado e terá procura baseada no sucesso do lançamento anterior”. Analistas preveem que o valor de uma ação, que ontem fechou em US$ 628, chegue a US$ 1 mil em um ano, por conta do crescimento da companhia na China.


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