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Estado de Minas

Governo suspende lei antidumping

Depois de baixar tarifa da matéria-prima da espuma para 14%, nova ajuda reduz custo na produção de móveis e colchões


postado em 31/03/2012 06:00 / atualizado em 31/03/2012 07:10

A indústria de colchões, estofados, colas e vernizes fecha o mês de março como começou: com novas decisões que ajudam a diminuir os custos de produção. Depois de reduzie a tarifa de importação do tolueno dissocianato 80/20 (TDI) - principal componente da espuma - de 28% para 14%, agora o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou a suspensão, por um ano, do direito antidumping para a matéria-prima proveniente de fornecedores argentinos e norte-americanos. A norma previa que para cada tonelada de TDI fosse paga uma taxa adicional como forma de compensar a prática de dumping - quando o produto chega ao mercado brasileiro mais barato que o valor praticado no país de origem. Esses valores podiam chegar até a US$ 1.018,54 por tonelada de TDI.

Apesar do alento para o setor produtivo, os consumidores, que já amargaram alta de preço na casa dos 12% em colchões, não têm muitos motivos para comemorar. "Os preços só voltariam ao patamar que eram praticados antes do aumento caso fosse zerada a taxa de importação", afirma o proprietário da Colchobel, Tadeu Maia. Segundo o empresário, o setor irá se unir na tentativa de pressionar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a eliminar a taxa de 14% diante da inexistência da matéria-prima no mercado interno. "O Brasil vai continuar desabastecido. Em alguns casos, a espuma industrial subiu mais de 40%, chegando a US$ 7,5 mil a tonelada", afirma.

A crise do setor começou no início deste ano e afeta não apenas o mercado de colchões e estofados para a indústria moveleira, mas também a automotiva e construção civil. Desde janeiro, a única fábrica no país responsável pela produção do TDI está fechada. A multinacional norte-americana Dow - localizada em Camaçari, na Bahia - paralisou as atividades em outubro do ano passado motivada para realizar manutenção preventiva e não reabriu mais. "E não temos esperança de que volte a funcionar. Com isso, todo o TDI terá que ser importado", observa Tadeu Maia.

O problema motivou intervenção da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), que enviou minuta ao ministro Fernando Pimentel solicitando revisão das ações que tinham sido adotadas contra o setor, como a inclusão do TDI da Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec) e ação de antidumping. "Era uma ação que esperávamos e a principal reivindicação das empresas (a eliminação das medidas contra o TDI). Acreditamos que essa mudança vá atender a cadeia produtiva como um todo", avalia o assessor executivo da Fiemg, Adair Marques.

Indústria confiante

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) medido pela Fundação Getulio Vargas avançou 0,5% em março na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo o quarto mês de expansão. O crescimento do otimismo porém, tem sido cada vez mais modesto. Nos últimos dois meses, a confiança do setor vem perdendo fôlego, quando acumulou apenas 0,7% de expansão, ante um acréscimo de 1,6% nos dois primeiros meses de elevação. As perspectivas quanto ao emprego se mostram animadoras. Das 1.214 empresas consultadas, 21,9% pretendem ampliar o contingente de mão de obra nos próximos três meses (contra 20,3% em fevereiro), enquanto apenas 8,8% pretendem reduzi-lo (contra 9,4% no último mês).


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