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Estado de Minas

Banco central confirma quadro recessivo neste início de 2012 para a Espanha


postado em 27/03/2012 14:37

A economia da Espanha continuou em queda no primeiro trimestre de 2012, após uma contração de 0,3% nos últimos três meses de 2011, anunciou nesta terça-feira o Banco da Espanha, confirmando assim que o país está em recessão, dois anos depois de ter superado uma situação parecida.

"A informação mais recente referente ao início de 2012 confirma a prolongação da dinâmica de contração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano", afirma o Banco da Espanha em seu boletim mensal.

Esta contração da economia espanhola, que havia sido antecipada pelo governo e pelos analistas, foi provocada principalmente pela redução do consumo, cujos indicadores "retrocederam em janeiro e fevereiro aos níveis de 2010", destaca o banco central.

Após um fraco crescimento de 0,7% do PIB em 2011, o governo espanhol prevê uma contração de 1,7% para o conjunto de 2012, com dois trimestres consecutivos de queda no início do ano, depois de um quarto trimestre de 2011 negativo.

A entrada de um país em recessão é caracterizada por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, explicam os economistas.

Também nesta terça-feira, o Tesouro espanhol emitiu títulos a três e seis meses por 2,579 bilhões de euros.

Na operação a três meses, o país captou 1,499 bilhão de euros, com taxa de juros de 0,381% (0,396% na emissão de 21 de fevereiro), enquanto a operação a seis meses captou 1,08 bilhão de euros, com juros de 0,836% (0,764% mês passado).

O governo conservador espanhol, dirigido por Mariano Rajoy, no poder desde dezembro, anunciou no início de março uma previsão de contração da economia em 1,7% para 2012, com dois primeiros trimestres do ano em queda.

Segundo o Banco da Espanha, esta nova contração da atividade se deve principalmente a uma queda do consumo privado, cujos indicadores "retrocederam em janeiro e fevereiro a níveis de 2010".

O governo de Rajoy havia previsto que apesar das recentes reformas, entre elas a do mercado de trabalho, o desemprego continuará aumentando em 2012, alcançando 23,4%, após encerrar 2011 em 22,85%.

Essa tendência que também foi confirmada neta terça-feira pelo Banco da Espanha.

"Pelo conjunto do mercado de trabalho, a intensificação da destruição do emprego observada no quarto trimestre de 2011 tem se prolongado nos últimos meses", afirmou em seu boletim.

Nesse contexto, o executivo espanhol fixou a difícil meta de reduzir seu déficit público a 5,3% do PIB este ano - após registrar 8,51% em 2011 - e 3% em 2013, algo que muitos economistas julgam pouco realista e sobre o que vários responsáveis europeus expressaram preocupação nos últimos dias.

Rajoy, que tenta tranquilizar a seus sócios europeus e aos mercados assegurando que o país respeitará seus objetivos, deve apresentar nesta sexta-feira um orçamento para 2012 que conterá importantes medidas de austeridade.

Duas semanas depois de chegar ao poder, o novo governo anunciou cortes orçamentários de 8,900 bilhões de euros e altas de impostos por 6,300 bilhões. Contudo, essas medidas têm sido consideradas insuficientes e, segunda a agência Moody's, o país precisará de mais 41,5 bilhões de euros.

O descontentamento social cresce ao mesmo ritmo de aumento da dívida do país, que, na quinta-feira, viverá uma nova greve geral, a sexta desde o fim da ditadura franquista em 1975, e a segunda em menos de dois anos, contra a reforma do mercado de trabalho, que é rejeitada pelos sindicatos por baratear as demissões para as empresas.


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