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Estado de Minas

PIB da Grécia e de Portugal está em baixa

Submetidas a medidas de austeridade, economia grega cai 7% e a portuguesa, 2,7% no último trimestre do ano


postado em 15/02/2012 06:00 / atualizado em 15/02/2012 06:45

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia e de Portugal no quarto trimestre do ano passado divulgados nessa terça-feira mostram que os dois países estão sentindo fortemente os efeitos das medidas de austeridade que foram forçados a implementar em troca de assistência internacional. Em consequência disso, as expectativas com relação ao desenvolvimento econômico grego e português pioraram. A Grécia sofreu mais, com uma queda de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) nos três últimos meses de 2011, enquanto Portugal teve declínio de 2,7%.

Agora os economistas estimam que a economia grega tenha se contraído entre 6,7% e 6,8% no ano passado, mais do que a queda de 5,5% prevista anteriormente. Quanto a Portugal, a estimativa para 2011 é de contração de 1,5%, levemente abaixo da queda de 1,6% prevista pelos economistas, mas para 2012 a expectativa é de declínio bem maior – de 3,0%.


Se as estimativas para o PIB da Grécia em 2011 se confirmarem, o cálculo atual sobre o déficit orçamentário do país vai se mostrar otimista demais. A recessão maior do que a esperada no ano passado provavelmente prejudicou a capacidade da Grécia de coletar receitas. Atualmente o governo grego reconhece um rombo de 2,5 bilhões de euros no orçamento de 2011 e espera encerrar as contas com déficit de 9%. Mas nas últimas semanas autoridades têm indicado que a deficiência vai ficar em torno de 9,2% do PIB.


Com relação a Portugal, a preocupação maior é este ano, que os economistas dizem que será o verdadeiro teste para o país. O déficit orçamentário português precisa ser reduzido para 4,5% do PIB de 9,8% em 2010. Os cálculos sobre 2011 ainda não foram feitos, mas as estimativas são de que o déficit tenha ficado em torno de 4% do PIB graças a uma medida extraordinária que não poderá ser repetida neste ano.


Já refletindo as apreensões para o restante do ano, nessa terça-feira a classificadora de risco Standard & Poor’s rebaixou os ratings de crédito de sete instituições financeiras de Portugal. O rebaixamento dos bancos segue o corte dos ratings de crédito soberano de Portugal, em 13 de janeiro. Foram rebaixados: Santander Totta (BB), Caixa Geral de Depósitos (BB-), Banco Comercial Português (B+), BPI (BB-), Banco Português de Investimento (BB-) e Banco Espírito Santo de Investimento (BB-).


Recessão prolongada Prejudicada por políticas de austeridade fiscal criadas para consertar suas finanças e aliviar o montante de dívida, a Grécia está no quinto ano seguido de recessão. O governo adotou mais medidas de aperto de cinto no domingo, em um esforço para garantir um novo pacote de empréstimos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nos valores atuais, o Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia declinou para 215 bilhões de euros no ano passado. Baseando-se em projeções recentes, as autoridades esperam um recuo de 4% a 5% entre 2012 e 2013.


Em meio às dificuldades financeiras, os ministros de Finanças da Zona do Euro, o chamado Eurogrupo, cancelou nessa terça-feira a reunião marcada para esta quarta-feira para discutir o resgate financeiro à Grécia porque o país “ainda não reuniu todas as condições” para conseguir a ajuda. O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, afirmou em comunicado que a Grécia precisa determinar “uma série de detalhes técnicos” com seus credores institucionais.


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