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Estado de Minas

Construção à caça de trabalhadores

Sindicato do setor faz propaganda para atrair profissionais


postado em 07/01/2012 06:00 / atualizado em 07/01/2012 07:08

Procuram-se trabalhadores para as obras da construção pesada. Os currículos dos interessados serão enviados para todas as empresas associadas do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG). A valorização e captação de mão de obra no setor fazem parte pela primeira vez do plano de mídia do Sicepot. O objetivo da entidade é suprir a escassez de profissionais qualificados no setor. Os interessados nas áreas técnicas, administrativa e de produção da construção pesada devem preencher o currículo no site www.vagas.sicepot-mg.com.br. “O problema que enfrentamos não é só de quantidade, mas também de qualidade dos profissionais. Temos carência de mão de obra e não temos trabalhadores preparados. É preciso treinar, pois teremos período de intensificação do volume de obras a partir de agora”, afirma Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A construção civil emprega hoje cerca de 3 milhões de trabalhadores no país. Safady destaca que a construção pesada representa pouco mais de um milhão de pessoas. “E a construção pesada exige mais qualificação, pois as máquinas são maiores e mais complexas”, ressalta o presidente da CBIC. A tendência, segundo Simão, é de aumentar a demanda po profissionais, devido às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Engenheiros, técnicos, trabalhadores da área de segurança do trabalho, soldadores e encarregados estão entre os profissionais mais escassos na construção pesada, avalia Tito Roquete, vice-presidente do grupo mineiro Aterpa. O grupo conta com 3 mil trabalhadores e obras em sete estados do país. Em 2011 o Aterpa implementou seu primeiro programa de trainees, contratando dez profissionais. “Eles ficaram seis meses em todos os departamentos do grupo. Nossa intenção é formar pessoas dentro da cultura da empresa”, destaca Roquete. Busca nas faculdades Em março deste ano a Aterpa lança seu primeiro programa de estágio de carreira, no qual serão selecionados estudantes nas faculdades. “Temos dado ênfase à captação e retenção de talentos, com programa de participação dos trabalhadores nos resultados da empresa e mais chances de crescimento profissional”, observa. Ele ressalta que os trabalhadores da engenharia civil, mecânica e administradores são os mais difíceis de serem encontrados. A estimativa do executivo é de que os negócios do grupo aumentem em 50% neste ano, na comparação com 2011. “O país estava parado em 2011, em função do decréscimo dos investimentos públicos. Agora, os programas estaduais e federais devem voltar a acontecer”, diz. Com a mão de obra escassa nos canteiros de obra, o Brasil vive hoje inversão na tendência de remuneração profissional. A indústria de transformação, que durante décadas foi o segmento que ofereceu os melhores salários, foi desbancada pela construção civil. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o valor médio inicial pago mensalmente pela atividade, de janeiro a outubro de 2011, atingiu R$ 993,33, valor 5,46% superior aos vencimentos registrados no mesmo período pela indústria de transformação.


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