Evento de tecnologia desembarca em BH

Jovens empresas de tecnologia com boas ideias e perspectiva de crescimento bombástico em pouco tempo, as startups são as meninas dos olhos de muitos jovens empreendedores. Com a impressionante ascensão do Facebook, startup de sucesso que este ano abrirá, finalmente, seu capital ao mercado de ações, proliferam as empresas do tipo. O termo startup, aliás, tem se tornado recorrente – normalmente se refere a boas ideias que flertam com o universo da web. Como faltam, no Brasil, programas governamentais que incentivem um celeiro de grandes proporções para esse mercado – como acontece no vizinho Chile, por exemplo –, projetos pontuais marcam a expansão dessas jovens companhias. E uma das iniciativas pioneiras, o Startup Farm, realiza sua primeira edição em Belo Horizonte este mês, depois de testar o modelo no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A ideia de criar um ambiente colaborativo para que jovens empreendedores troquem ideias com mentores experimentados durante um mês e exponham seus produtos para investidores nasceu, na verdade, em Belo Horizonte. O idealizador do StartupFarm, Felipe Matos, do Instituto Inovação, explica que a estrutura competitiva (ao final são selecionados os três melhores projetos) não é entrave à visibilidade de todos os participantes - cada um desembolsa R$ 2,5 mil para participar: “As empresas vencedores são expostas a investidores e à imprensa e aumentam as chances de conseguirem parceiros, clientes e capital. O que não deixa de acontecer também com as demais”. O principal, ele frisa, não é ganhar o programa, mas aproveitar o aprendizado que ele proporciona.

Na versão paulistana, em agosto, dentre os 18 negócios inovadores participantes, destacou-se em primeiro lugar a Evolup, plataforma que permite a criação e compartilhamento de jogos para amadores. Das 19 startups reunidas no programa carioca, em novembro, a vencedora foi a EasyTaxi, com a proposta que permitia chamar um táxi com apenas um clique no smartphone.

De acordo com Matos, os principais desafios das startups brasileiras são falta de trato no processo empreendedor, falta de acesso a capital para os negócios, a pesada carga tributária e burocracia brasileiras, desafios na contratação de profissionais especializados, além de todos os riscos ligados ao negócio. “Os programas de fomento são importantes, mas é ainda mais importante apoiar o desenvolvimento do empreendedor, auxiliando-o no processo de empreender”, avalia.

Captar recursos para a versão para telefones celulares da recém-criada plataforma colaborativa para divulgação de museus Mutz é o objetivo da historiadora e empreendedora Ana Paula Gaspar, inscrita no StartupFarm. “Percebi que a web e as novas mídias eram ambiente ideal para democratizar acesso e gerar novos negócios”, diz a idealizadora e articuladora de mídias sociais. A jovem equipe do Mutz conta ainda com um designer e um desenvolvedor web. “Como é um mercado pouco explorado comercialmente, precisamos gerar modelo de negócios sustentável”, diz.


StartupFarm em BH
Período: de 14/1 a 13/2, no Instituto Inovação e na Una Aimorés
Inscrições: abertas até 5/1
Preço: a partir de R$ 2,5 mil por
empreendedor, ou R$ 5 mil por equipe
Site: startupfarm.com.br