(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Sobra profissional de TI em Minas Gerais

Estudo de associação do setor mostra que número de alunos que vão se formar em ciências da informação no estado vai superar postos de trabalho que serão abertos nas empresas em 2014


postado em 28/12/2011 07:09

O sorrisão que o estudante de ciência da computação da UFMG Jeferson Moura abre na hora de posar para a foto pode contrastar com a perspectiva de trabalho para ele em Minas Gerais, que é um dos três estados que terão sobra na oferta de profissionais para o mercado de TI em 2014. Exatamente neste ano, tão badalado com a Copa do Mundo de Futebol em terras brasileiras, Moura vai receber o canudo para ser engenheiro de software e entrar num mercado que deve demandar 3.775 profissionais de tecnologia da informação, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). O problema é que, junto com Jeferson, outros 4.345 alunos chegarão ao mercado, conforme as projeções do estudo. Este ano, foram 2.858 formandos para 1.995 vagas (veja quadro abaixo).

Em 2014, serão demandados 78 mil profissionais de TI no Brasil, mas apenas 33 mil concluirão os cursos, segundo o levantamento da Brasscom. Na prática, a atração de empresas de TI em Minas também é motivada pelos salários dos trabalhadores e pelo desempenho do pessoal.

“Os profissionais têm muita qualidade e o valor é mais acessível, na comparação com São Paulo”, explica o diretor de planejamento da DGoods, plataforma inovadora de compras coletivas, com foco na colaboração de lojistas da cidade, que começa suas operações por BH este mês. A capital mineira também abriga o centro de desenvolvimento da jovem empresa, que emprega 7 profissionais de design, programação, vendas e administração. Até o meio do ano que vem, os negócios devem se espandir para São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba. Os investimentos iniciais foram de R$ 200 mil.


A reversão definitiva dessa tendência depende de muito esforço, segundo Thiago Maia, presidente da Fumsoft. O setor de TI na capital mineira movimenta hoje R$ 1,6 bilhão por ano, o que representa 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da capital. Na média nacional, a fatia da TI é 4%, em relação ao PIB brasileiro. “Seguindo projeções da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, de que a cidade crescerá em média 4% ao ano até 2022, para acompanhar esse ritmo e atingir a participação média do setor no PIB nacional, precisamos gerar 100 mil novos postos de trabalho”, diz Maia.

As projeções da Brasscom são baseadas em números de formandos, fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cagede) do Ministério do Trabalho. Os dados mostram o quadro em 2014, se mantido o mesmo ritmo de evolução desses dois indicadores, registrado entre 2003 e 2010.

Novas empresas Para o presidente da Assespro, Ian Campos Martins, as projeções não consideram o dinamismo do cenário: “Esta realidade já está mudando, com a a atração de novas empresas para o estado”.

Foi o que aconteceu com a Verotthi Consultores, que veio para BH atraída pelos custos dos profissionais, especialmente na comparação com São Paulo. William Verotti, sócio-diretor da empresa de consultoria para qualidade de software, explica que o próprio crescimento do setor de TI no estado foi atrativo para o seu negócio. A empresa investiu R$ 100 mil na unidade mineira, contratou 20 engenheiros de software aqui e espera, com isso, crescer o faturamento de 2012 em, pelo menos, 15%. No ano passado a Verotthi faturou R$ 10 milhões – número que este ano deve ser 35% maior.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)