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Estado de Minas

Brasil impõe condição para ajudar europeus

Mantega diz que país só vai aportar recursos no FMI se nações da Zona do Euro também colocarem a mão no bolso


postado em 02/12/2011 06:00 / atualizado em 02/12/2011 06:36

O governo brasileiro condicionou qualquer transferência de dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para cooperar no socorro a países atingidos pela crise da Zona do Euro a uma ação equivalente e prévia dos próprios europeus, seguindo critérios acertados com outros grandes emergentes. "Não colocaremos recursos no resgate de europeus sem que eles próprios coloquem os deles", disse nessa quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, logo após reunião com a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.

Ele adiantou que não há previsão da quantia a ser destinada ao FMI, questão que será avaliada com os demais membros do Brics – Rússia, Índia, China e África do Sul. Mantega ainda avaliou que o fundo está mais preparado hoje para enfrentar a crise mundial do que estava em 2008, "mas ainda precisa se fortalecer ainda mais para enfrentar o atual cenário". Na sua opinião, o quadro da Zona do Euro piora dia após dia, complicação que se tornou mais clara com a escassez de crédito internacional já verificada em lugares como o Reino Unido e com a fuga de capitais de países emergentes. "A União Europeia tem instrumentos para evitar o pior, como os do Banco Central Europeu (BCE) para resgatar títulos da Itália e Espanha. Mas a região está demorando muito a agir", lamentou.

‘Economia sólida'

Lagarde ressaltou que está confiante num aporte brasileiro, lembrando que o país está em uma situação muito mais confortável do que outros para resistir à crise. “O Brasil está em uma situação econômica muito favorável devido a políticas macroeconômicas e monetárias sólidas", disse.

A diretora-gerente fez ainda elogios aos três pilares da política econômica brasileira – responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação. "Graças a esse coquetel, a economia está sólida e pode resistir (à crise)", disse ela.

Antes da reunião com o ministro, Christine se encontrou com a presidente Dilma Rousseff. Elas também trataram dos efeitos da crise econômica internacional. Depois de conversar com Mantega e assessores da equipe econômica, ela se reuniu com o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.


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