Os servidores da Justiça do Trabalho que estão em greve terão o ponto cortado já na folha de pagamento do próximo mês e os juízes que aderirem à paralisação de um dia marcada para a próxima semana também terão os salários cortados. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho aprovou hoje uma resolução estabelecendo uma regra para o corte geral dos salários dos servidores em greve ou a compensação pelos dias parados. A resolução não vale para os magistrados, mas o presidente do Conselho, ministro João Oreste Dalazen, afirmou que os juízes não terão tratamento privilegiado.
"Não podemos tratar diferentemente servidores e magistrados. Adotaremos essas mesmas providências que adotamos para os servidores", afirmou Dalazen, em entrevista hoje em Brasília. De acordo com o ministro, a greve atinge dez dos 24 tribunais da Justiça
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) anunciou na semana passada que 3,6 mil juízes do Trabalho de todo o Brasil paralisarão suas atividades por um dia em 30 de novembro, para defender seus direitos básicos e o cumprimento da Constituição. A Anamatra estima que aproximadamente 20 mil audiências em todo o País serão suspensas. Em nota, a associação informa que "os juízes defendem mais segurança para trabalhar, uma política previdenciária adequada e o respeito à Constituição na recomposição das perdas inflacionárias de seus vencimentos".